domingo, 10 de outubro de 2010

Necessidades nutricionais no idoso



            O envelhecimento é um processo caracterizado por mudanças biológicas normais que ocorrem com o passar da vida. A qualidade de vida na terceira idade relaciona-se a diversos fatores do cotidiano, como a saúde física e mental, satisfação com o trabalho, relações familiares, vida social, estado nutricional adequado, atividades físicas, entre outros.
            Um estilo de vida que combina uma alimentação equilibrada, atividade física regular e controle do estresse, contribui para aumentar a expectativa de vida do idoso e, principalmente, uma vida mais saudável.       
            Nos idosos as funções no organismo diminuem como um todo, diferenciando-se na intensidade segundo o órgão ou sistema em questão.
            Uma das maiores modificações no organismo é a mudança na composição corporal, com o aumento do tecido adiposo e diminuição da massa magra. A partir dos 60 anos, este quadro atinge todos os órgãos e com maior intensidade na massa muscular, provocando alteração na  força e mobilidade, favorecendo a possibilidade de quedas. Esta alteração da composição corporal reflete diretamente na diminuição do metabolismo basal.
            O olfato, paladar e a visão diminuem, podendo reduzir o consumo alimentar, assim como a capacidade de mastigação. O idoso passa a ter escolhas alimentares alteradas que podem diminuir o valor nutritivo da alimentação e com isso, aumentar o risco de desnutrição.
            Um bom estado nutricional, com o fornecimento adequado de energia, proteínas, vitaminas e minerais é de extrema importância para que o idoso resista às doenças crônicas e debilitantes e possa manter a saúde e independência.
            Para a avaliação nutricional do idoso é fundamental ressaltar uma história alimentar. Contudo, é necessário questionar o idoso, assim como os familiares, sobre alterações de peso, restrições alimentares voluntárias ou impostas, alcoolismo, depressão, alterações gastrointestinais, doenças crônicas e uso de medicamentos. Além disso, um registro da alimentação habitual do paciente por três dias é interessante para avaliar o padrão rotineiro de ingestão.
            Nos exames físico e laboratorial devem ser identificadas as alterações procurando não confundir os sinais de desnutrição com o processo de envelhecimento.

Necessidades energéticas
            Nos idosos, assim como em toda a população, a quantidade energética ingerida na alimentação é fundamental para manter um estado nutricional adequado. Uma alimentação diversificada, com alimentos de diferentes fontes, oferece os nutrientes necessários para uma nutrição equilibrada, desde de que ingeridos na quantidade recomendada para suprir os gastos energéticos.
            O fracionamento das refeições, assim como a diminuição do seu volume contribuem para o processo de digestão, absorção e aproveitamento dos alimentos. Recomenda-se o consumo de quatro a seis refeições diárias. Além disso, é importante a refeição apresentar aspectos agradáveis, como a cor, sabor, aroma e textura.
             A redução na massa magra corpórea e a atividade física estão associadas com a necessidade total de energia. O metabolismo basal reduz cerca de 10% até os 60 anos e aumenta com passar da idade, influenciando diretamente com a diminuição do gasto energético.
            O gasto energético diário é estimado mediante a soma do metabolismo basal e as atividades físicas. Para determinar a taxa metabólica basal recomenda-se a utilização da equação da Organização Mundial da Saúde, OMS, 1996 que considera o peso corporal. A energia  gasta com a atividade física pode ser mensurada e avaliada em tabelas com o gasto energético por tipo de atividade.

Carboidratos
            O carboidrato é um nutriente essencial na nutrição humana. Algumas de suas funções são: fornecer energia para o organismo, preservar a proteína, servir como único substrato energético para o sistema nervoso central e ativar o metabolismo.
            A dieta do idoso deve obter entre 50% a 60% do valor calórico total de carboidratos. É necessário ressaltar a prioridade de carboidratos complexos, como o arroz, macarrão, pães, batata e cereais, para minimizar os picos de hiperglicemia. Os carboidratos simples, como a glicose e sacarose deverão ser no máximo 10% do total de carboidratos.

Proteínas
            As proteínas são formadas por diferentes combinações dos 20 aminoácidos e exercem funções estruturais, reguladoras, de defesa e de transporte nos fluidos biológicos. A melhor fonte protéica são as de origem animal, entretanto, a mistura de cereais e leguminosas fornece a quantidade necessária de aminoácidos para a síntese protéica.
            Os idosos apresentam diminuição na síntese e degradação protéica, além de uma menor massa magra, assim, o fornecimento protéico é fundamental. A recomendação estabelecida pela Recomendações das Necessidades Diárias (RDA) é de 0,8g/kg/dia. É importante ressaltar o cuidado para não haver uma ingestão acima do recomendado, podendo sobrecarregar o sistema renal, além de interferir na absorção de cálcio, prejudicando a massa óssea.

Lipídeos
            Os lipídeos desempenham funções energéticas, estruturais e hormonais no organismo, além de auxiliar na absorção e transporte de vitaminas lipossolúveis.
            A ingestão de lipídeos recomendada é de 20% a 30% do valor calórico total. No entanto, as gorduras saturadas não devem ser superior a 10%, pela sua associação com doenças coronarianas. São encontradas em carnes, ovos, leite e derivados.
            O restante deverá ser de mono e poliinsaturados, encontrados em gorduras vegetais. A ingestão de ácidos graxos essenciais, que incluem o ômega 6 (ácido linoléico) deve ser de 11g/dia, sendo encontrado em nozes, castanhas, sementes e óleo de soja, girassol e milho; e o ômega 3 (ácido linolênico) com ingestão de 1,1g/dia, encontrado em óleos de canola, linhaça, salmão, arenque, sardinha e algas. O consumo de colesterol não deve ser superior a 300mg/dia.


Vitaminas e Minerais
            O uso de suplementos vitamínicos e de minerais pelos idosos pode ser uma alternativa a ser considerada quando há consumo de dietas inadequadas ou alguma enfermidade específica. Porém, seu uso não pode ser extrapolado, visto que uma dieta equilibrada pode suprir as necessidades do indivíduo.
            O cálcio é um dos principais micronutrientes relacionados com o envelhecimento, além de ser o mais abundante no corpo humano. O metabolismo do cálcio está diretamente relacionado com a perda da massa óssea ou osteopenia, podendo atingir a osteoporose. Além disso, a absorção de cálcio está diminuída no idoso, sendo mais um fator de contribuição da doença. A suplementação pode ser necessária para grupos de risco, como mulheres na pós-menopausa com histórico familiar da doença, raça branca, baixo peso, sedentárias e com exposição solar inadequada.
            Segundo as DRIs, a recomendação de cálcio para a população acima dos 51 anos é de 1200mg/dia.
             A vitamina D é um outro fator relacionado ao metabolismo ósseo, sendo necessário um controle adequado na ingestão deste nutriente. O estilo de vida do idoso, prática de atividade física, reposição hormonal e a genética devem ser levados em consideração. Além disso, o consumo de cafeína, alimento comum entre idosos, hábito de fumar e excesso de álcool podem comprometer negativamente a massa óssea.
            Contudo, o acompanhamento do paciente idoso é extremamente necessário para que o mesmo tenha uma dieta equilibrada e mantenha a saúde.

Hidratação
            A água deve merecer atenção especial, principalmente nesta faixa etária, na qual a desidratação é o distúrbio hidroeletrolítico mais comum.
            O sistema renal diminui sua capacidade com a idade, assim como os idosos sentem menos sede que os mais jovens, gerando uma privação de água. Esta pode ocorrer por um distúrbio cognitivo, pela diminuição da sede ou por debilidade física. Contudo, a água deve ser controlada, assim como a dieta e os medicamentos, principalmente, para idosos que requerem um maior cuidado.
            Como visto a população idosa apresenta particularidades que merecem maior cuidado e atenção. A nutrição pode contribuir para a manutenção e melhoria da saúde destes indivíduos, buscando a união de uma dieta equilibrada e saudável com o prazer, alegria e conforto que o alimento propicia, respeitando sempre as preferências e hábitos dos idosos.


Referências Bibliográficas

COZZOLINO, S.M.F. Biodisponibilidade de nutrientes. 1.ed. São Paulo: Manole, 2005.
DUTRA-DE-OLIVEIRA, J.E.; MARCHINI, J.S. Ciências Nutricionais. 1.ed. São Paulo: Sarvier, 1998.
FERREIRA, M.T., et al. Necessidades nutricionais no idoso ativo. Rev. Nutrição Saúde e Performance, São Paulo, p.35-40, jan./fev./mar. 2004.
SOUZA, F.T.F.S., MOREIRA, E.A.M. Qualidade de vida na terceira idade: saúde e nutrição. Rev. Cien. Saúde, Florianópolis, v.17, n.2, p.55-76, jul./dez. 1998.


Piramide Alimentar

Pirâmide Alimentar Parágrafo Idoso

requerem Idosos UMA Seleção cuidadosa de quantidade de nutrientes nsa Alimentos n. encontrar SUAS Necessidades nutricionais in Poucas calorias. Ao tempo MESMO, Que ocorre diminuição necessidade UMA NA Energética, ha hum aumento da necessidade de Vitaminas e minerais.
A Dieta do Boa UMA Idoso DEVE proporcionar Ingestão de Alimentos de Maneira Moderada, Bem equilibrada e Distribuida. atraves da UMa Maneira de oferecer Este Tipo de Dieta e do Guia da Pirâmide de Alimentos adaptada Idosos EAo.


O QUE SE COMO UMA CONSIDERAÇÕES Porcão

Massas, PAES, CEREAIS E Arroz:
Rico em carboidratos Grupo Que São OS principais fornecedores de Energia Parágrafo o Organismo.
- Uma Porcão Correspondência: Meio Pão Francês FATIA OU 1 xícara de pão meia ou (chá) de arroz meia OU xícara (chá) de macarrão cozido.
Recomendado: 6-11 porções.

DERIVADOS E LEITE:
Grupo de Rico Que São Proteínas nutrientes IMPORTANTES Pará Um Formação e Manutenção de Células e Tecidos.
- Correspondência Porcão UMa: 1 Copo de Leite, iogurte OU OU 1 FATIA de queijo fresco.
Recomendado: 2-3 porções.

Verduras:
Rico Grupo em Vitaminas e minerais atuam Que Como TODAS Intermediários de funções Como Orgânicas. Também em Fibras Rico regularizar ajudam e hum Que o intestino.
- Correspondência Porcão UMa: 1 xícara (chá) Cruas de Folhas (agrião, rúcula, Alface) OU meia xícara (chá) de verduras cozidas Cruas ou (cenoura, aipim batata).
Recomendado: 2-5 porções.

FRUTAS:
Rico Grupo em Vitaminas e minerais atuam Que Como TODAS Intermediários de funções Como Orgânicas. Também em Fibras Rico regularizar ajudam e hum Que o intestino.
- Correspondência Porcão UMa: 1 fruta fresca (Maçã, banana, laranja) OU Três Edições no quarto de xícara de (chá) de suco.
Recomendado: 2-4 porções.

Carne, ovos FEIJÕES E:
Rico Grupo de Tecidos e Que São Proteínas nutrientes IMPORTANTES Pará Um Formação bis Manutenção de Células.
- Uma Correspondência Porcão: 1 filé de carne Pequeno, av OU OU OU peixe 1 ovo meia xícara (chá) de feijão cozido.
Recomendado: 2 -3 porções
.

Gordura, E ÓLEOS Açúcares:
Grupo Rico em Gorduras Que São secundarias Fontes de Energia; par Essenciais o Metabolismo de Hormônios e veiculação hum par das Vitaminas A, D, E e K.
- Correspondência Porcão UMa: 1 colher (sopa) de Óleo, margarina OU maionese.
Recomendado: Consumo moderado.
E de suma importancia Que UMA Instituição ofereca No Mínimo, Quatro refeições, utilizando POUCO sal, Por dia, descartando o Excesso de Gorduras, Como peles de frango, Por Exemplo, hum Fim de reduzir o aparecimento de Doenças Cronico-degenerativas câncer (hipertensão, , Doenças cardiovasculares).
É preciso distribuir água, sucos e chás para garantir a boa hidratação e melhorar o funcionamento intestinal e planejar preparações saborosas e de fácil mastigação para os idosos que possuam problemas na dentição.




Fonte
Apostila Nutricao para Idosos



O esporte e a terceira idade: uma relação mais que perfeita!

Durante o último século, melhorias drásticas na expectativa de vida ocorreram em muitos países no mundo inteiro, inclusive no Brasil.

Um número crescente de estudos demonstrou claramente que os idosos, mesmo aos 90 anos de idade, são capazes de aumentar a massa e a força muscular em resposta ao treinamento com pesos. De forma geral, os estudos sugerem que a queda da força e da massa muscular com o envelhecimento pode ser atenuada pelo treinamento adequado de musculação.

Uma relação de exercícios é necessária para manter os músculos do corpo em boa forma. Aproximadamente 85% das pessoas idosas apresentam uma ou mais doenças ou problemas de saúde, sendo eles:

. Artrite: 48%
. Hipertensão Arterial: 46%
. Doenças Cardíacas: 32%
. Comprometimento da audição: 32%
. Comprometimento ortopédico: 19%
. Catarata: 17%
. Diabetes: 11%
. Comprometimento visual: 09%

O processo de envelhecimento varia bastante entre as pessoas e é influenciado tanto pelo estilo de vida quanto por fatores genéticos. Os especialistas em envelhecimento acreditam que o ser humano em geral poderia viver até 115 a 120 anos se o estilo de vida e seu perfil genético fossem ideais.

De acordo com muitos estudiosos e pesquisadores, um ingrediente fundamental para o envelhecimento saudável é a atividade física regular. De todos os grupos etários, as pessoas idosas são as mais beneficiadas pela atividade.

Em geral o exercício físico pode melhorar a capacidade cárdio respiratória e neuro muscular em todas as idades.
Em se tratando de prescrição de atividade física para idosos, deve-se cercar de cuidados especiais e o acompanhamento deve ser feito de maneira integral.

A atividade regular e sistemática aumenta ou mantém a aptidão física da população idosa e tem o potencial de melhorar o bem-estar funcional e, consequentemente, diminuir a taxa de morbidade e de mortalidade entre essa população.

O resgate do prazer, da auto-estima e da capacidade de realizar algo passa a ser fundamental.

Qualquer atividade será boa para o idoso, se respeitarmos seu estado físico, oferecendo uma mínima autonomia e como conseqüência uma reativação do seu papel na sociedade.

O bom exercício não é aquele que impõe movimentos forçados no ritmo, intensidade e duração. O bom exercício é aquele em que se desenvolve a consciência do próprio limite de esforço e movimento.

O que se destaca como objetivo principal da atividade física na terceira idade é o retardamento do processo inevitável do envelhecimento, através da manutenção de um estado suficientemente saudável, senão perfeitamente equilibrado, que possibilite a normalização da vida do idoso e afaste os fatores de comuns na terceira idade.

O objetivo da prática física nessa idade consiste em melhorar o estado geral do indivíduo.

a. Promover atividades recreativas;
b. Bem estar físico e mental;
c. Atividades de sociabilização (em grupo, com caráter lúdico);
d. Atividades moderadas e progressivas;
e. Auto confiança;
f. Atividade de força, com carga (principalmente para os músculos responsáveis por sustentação/postura, evitando cargas muito fortes e contrações isométricas);
g. Segurança no dia a dia através do domínio do próprio corpo;
h. Atividades de resistência (com vista a redução das restrições no rendimento pessoal);
i. Aumento da prontidão em diversas atividades;
j. Exercícios de alongamento (ganho de flexibilidade e de mobilidade)
k. Fortalecimento da musculatura
l. Atividades de relaxamento (diminuindo tensões musculares e mentais);
m. Melhoria da resistência;
n. Aumento da habilidade, da capacidade de coordenação e reação;
o. Cura contra a depressão, circunstâncias de medo, decepções, vazios anteriores, aborrecimento, tédio e solidão.

A importância da elaboração de um plano de treinamento destinado para pessoas da terceira idade com o objetivo de realizar uma atividade física para manter a boa forma, sem um enfoque competitivo, requer, um conhecimento profundo do professor de educação física a qual este treinamento será dirigido às características necessárias do idoso.


Referencias
Prof. Especialista Alexandre Vieira
Prof. Universitário / Educação Física – Cref. 3.123
Pós-graduado em Bases Fisiológicas e Metodológicas do Treinamento Desportivo – UNIFESP

Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte - Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas. comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde, 2003.

Como melhorar sintomas que vem com a idade

Idoso x Atividade Física

A relação entre atividade física, saúde e envelhecimento vem sendo cada vez mais discutida e estudada no meio científico. O envelhecimento está associado ao decréscimo da força e da massa muscular (processo denominado sarcopenia), que têm sido referidos como uma das principais causas da incapacidade funcional no idoso. Além disso, o processo natural de envelhecimento também é caracterizado pelo aumento do conteúdo de gordura corporal.
Neste caso, está muito bem documentado a associação direta entre adiposidade corporal e comprometimentos da saúde. O sedentarismo, por sua vez, contribui com diversas alterações fisiológicas associadas ao envelhecimento, aumentando a morbimortalidade e acarretando, conseqüentemente, custos mais elevados para a saúde.
Também está clara a relação entre o envelhecimento e o aumento tanto da prevalência como da incidência de doenças crônico-degenerativas e infecto-contagiosas, além de neoplasias. No entanto, é relevante ressaltar que essa condição não representa o processo natural de envelhecimento. A inatividade no idoso pode favorecer o aparecimento e/ou agravamento de certas doenças que são erroneamente atribuídas ao envelhecimento, como a osteoporose, artrite, doença arterial coronariana, diabetes, obesidade e hipertensão arterial, dentre outras. Além disso, as quedas e suas conseqüências são também episódios bastante comuns nos idosos, os quais representam 70% das mortes ocasionadas por quedas. Essas quedas ocorrem, em parte, devido aos déficits de equilíbrio, força, tempo de reação e de flexibilidade, fatores os quais podem ser melhorados com a prática de exercícios físicos.
Com relação ao desempenho físico, há uma redução significativa da potência aeróbica máxima nos idosos. A grande maioria das pessoas apresenta um declínio constante de VO2 máx., de modo que, em torno dos sessenta anos, a sua capacidade de realização de atividades normais de forma confortável é reduzida. Estudos mostram que este declínio não só pode ser interrompido ou desacelerado por um programa de atividades físicas, como também pode reduzir pela metade o declínio do VO máx esperado num período de vinte anos.
Uma análise transversal e longitudinal em idosos revela que a diminuição do VO2 máx. com a idade está relacionada à diminuição da atividade física e ao aumento da porcentagem da gordura corporal. Isso desencadeia um círculo vicioso que acarreta níveis cada vez menores da função cardiorespiratória, a qual dificulta a realização de tarefas rotineiras. Este dado condiz com alguns trabalhos transversais que descrevem um fenômeno inverso entre o nível de atividade física, adiposidade corporal e incidência de morbidade entre a população, enquanto principalmente aqueles seguidos longitudinalmente transcrevem decréscimo dos fatores de risco relacionados à saúde.
Um programa de atividade física adaptado à realidade do idoso é útil não somente no combate dessa espiral descendente das funções fisiológicas, mas também na sociabilização, independência e autonomia dessa população.


Particularidades dos exercícios

Embora as perdas funcionais e de adaptabilidade sejam inevitáveis com o passar dos anos, a atividade física é um fator determinante no sucesso do processo de envelhecimento uma vez que contribui para a manutenção das funções de adaptação e capacidade funcional em níveis mais propícios ao envelhecimento saudável. Além disso, a prática regular de atividade física resulta em inúmeros benefícios com reflexo na função cardiovascular, endócrina, metabólica, músculo esquelética e mental, podendo influenciar positivamente o quadro das doenças associadas ao aumento da idade. Diversos estudos comprovam que tanto exercícios aeróbicos quanto os exercícios de força, praticados de forma regular, promovem inúmeros benefícios aos indivíduos idosos, tais como:

Exercício aeróbico
  • Melhora o condicionamento cardiovascular, aumenta o VO2 máx e a cinética da captação de oxigênio;
  • Diminui a hipertensão arterial;
  • Produz alterações favoráveis dos lipídios sanguíneos melhorando o perfil de lipoproteínas plasmáticas;
  • Ameniza a hipertrofia do ventrículo esquerdo;
  • Aumenta a tolerância à glicose e a sensibilidade à insulina;
  • Aumenta ou mantém a força muscular e a densidade óssea;
  • Melhora o humor.
Exercício de força
  • Aumenta a força muscular;
  • Aumenta a força dinâmica;
  • Aumenta o pico da capacidade do exercício;
  • Aumenta ou mantém a densidade óssea;
  • Aumenta a capacidade aeróbica submáxima;
  • Diminui os valores de percepção subjetiva de esforço durante exercício intenso;
  • Melhora da função nas atividades vigorosas da vida diária.
Os exercícios direcionados à população idosa devem priorizar a força muscular, o equilíbrio, a potência aeróbica, os movimentos corporais totais e a mudança no estilo de vida para que os benefícios esperados sejam atingidos.
As atividades aeróbicas mais recomendadas são as de baixo impacto como caminhar, pedalar na bicicleta, nadar, subir escadas, dançar entre outras. Os exercícios de força, por sua vez, devem priorizar os grandes grupos musculares que são importantes nas atividades da vida diária.
Portanto, a melhor opção para a população idosa é realizar um programa de atividade física que inclua tanto o treinamento aeróbico como o de força muscular e que ainda incorpore exercícios de flexibilidade e equilíbrio. Segundo pesquisadores, em algumas circunstâncias porém, o treinamento de força deve ser preferido ao treinamento aeróbico. São elas: artrite grave, inabilidade para suportar o peso corporal, ulcerações no pé, desordens do equilíbrio, amputação, doença pulmonar obstrutiva crônica e baixo limiar para isquemia.
Com relação ao volume do treino, a recomendação mais atual para a população idosa é a realização de exercícios de intensidade moderada por pelo menos 30 minutos ao dia, na maior parte dos dias da semana, se possível todos, de forma contínua ou acumulada

Fatores que interferem na prática de atividade física
Apesar dos inúmeros benefícios que os exercícios proporcionam aos idosos, a decisão de adotar um estilo de vida saudável com a prática regular de atividades físicas depende de outros fatores tais como sociais, físicos e emocionais. Na população idosa, em especial, as barreiras que influenciam negativamente e impedem a prática de atividades físicas têm um “peso” maior em relação às outras faixas etárias. Desta forma, é importante reconhecer em cada indivíduo idoso os aspectos que representam uma ameaça à não continuidade de um programa de exercícios ou mesmo ao sedentarismo. Por outro lado, conhecer também os fatores que estimulam o ingresso do idoso em um programa de exercícios é útil para definir uma melhor abordagem e incentivo. Uma vez reconhecidos esses fatores, a promoção de atividade física nesta população deve enfatizar as estratégias para superar as barreiras, o que facilita a adoção de um estilo de vida ativo mais constante.

De acordo com alguns estudos as barreiras mais citadas entre os idosos à pratica de atividades físicas são:

Principais barreiras à prática de atividades físicas em indivíduos idosos
  • Falta de equipamento;
  • Necessidade de repouso;
  • Falta de local apropriado;
  • Falta de clima adequado;
  • Falta de habilidade;
  • Falta de tempo;
  • Falta de conhecimento;
  • Medo de queda e de lesão;
  • Diminuição na velocidade de andar;
  • Sintomas de depressão;
  • Falta de companhia;
  • Falta de interesse.

Fatores facilitadores a prática de atividades físicas em indivíduos idosos:
  • Orientação médica
  • Amigos
  • Familiares
  • Procura por companhia
  • Colegas de trabalho

Referências
Kenney Wl, Abrahams C, & Seftel HC. (1970). Clinical disorders, fluid and eletrolyte metabolism, gatorade.
5.
Raso, V. A adiposidade corporal e a idade prejudicam a capacidade funcional para realizar as atividades da vida diária de mulheres acima de 47 anos. Dep de fisiopatologia Experimental – USP. Ver Bras de med do Esporte, vol 8, nº6, 2002
Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte - Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas. comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde, 2003.

Segundo o Ministério da Saúde as doenças mais comuns apresentadas por idosos são:

Pneumonia
Fatores de Risco: Gripe, enfisema e bronquite anteriores, alcoolismo e imobilização na cama
Sintomas: Febre, dor ao respirar, escarro, tosse.
Prevenção: Praticar atividade física de forma regular e sistemática,  boa alimentação, vacinação contra gripe e pneumonia.

Enfisema e Bronquite Crônica
Fatores de Risco: Fumo, casos na família, poluição excessiva.
Sintomas: Tosse, falta de ar e escarro.
Prevenção: Para de fumar, manter a casa ventilada e aberta ao sol

Infecção urinária
Fatores de Risco: Retenção urinária no homem e na mulher a incontinência urinária.
Sintomas: Ardor ao urinar e vontade freqüente de urinar.
Prevenção: Consultar um médico e tratar a infecção e sua causa.

Doenças Cardiovasculares: Infarto, Angina, Insuficiência Cardíaca
Fatores de risco: Pouca atividade física (sedentarismo), fumo, diabetes, alta taxa de gordura no sangue (colesterol) e obesidade (gordura).
Sintomas: Falta de ar, dor no peito, inchaço, palpitações.
Prevenção: Praticar atividade física de forma sistemática, não fumar e controlar o peso, colesterol e a diabetes.

Derrames (Acidente Vascular Cerebral - AVC) 
Fatores de risco: Pressão alta (hipertensão arterial), fumo, sedentarismo, obesidade e colesterol elevado.
Sintomas: Tontura, desmaio paralisia súbita.
Prevenção: Praticar atividade física de forma regular e sistemática, não fumar, controla a pressão arterial, peso e o colesterol

Câncer
Fatores de risco: Fumo, exposição ao sol, alimentação inadequada, obesidade, casos na família, alcoolismo.
Sintomas: Depende do tipo de Câncer, um dos sintomas mais comuns e o emagrecimento inexplicável
Prevenção: Consultar o médico pelo menos uma vez por ano para fazer exames preventivos, evitar exposição ao sol em excesso e não fumar.

Osteoporose
Fatores de Risco: Fumo, sedentarismo, dieta pobre em cálcio, nas mulheres o risco é 7 vezes maior.
Sintomas: Não há sintomas, em geral, é descoberta pelas complicações (fraturas).
Prevenção: Praticar atividade física de forma regular e sistemática, não fumar, comer alimentos ricos em cálcio

Osteartrose
Fatores
de Risco: Obesidade, traumatismo, casos na família.
Sintomas: Dores nas juntas de sustentação (joelho, tornojelo e coluna), e na mãos
Prevenção: Controlar  o peso e praticar atividades física adequada.

Diabetes
Fatores de Risco:
Obesidade, sedentarismo, casos na família
Sintomas: Muita sede e aumento no volume de urina.
Prevenção: Controlar o peso e a taxa de açúcar no sangue.

 

Não fuja do Médico!!! 

O Ministério da Saúde recomenda que os idosos façam  visitas pelo menos uma vez por ano ao médico e realize exames e utilizem vacinas como forma preventiva de identificar e combater as doenças em sua fase inicial facilitando o tratamento e a proteção da saúde.

Vacinas:
Tetano -  a cada 10 anos.
Gripe -  anualmente.
Pneumonia -  a cada 05 anos.

Exames:
Aferir a pressão arterial - anualmente.
Coleterol Sangüíneo - anualmente.
Glicemia - anualmente.
Pressão ocular - anualmente.
Urina - anualmente.
Ginecológico (feminino) - anualmente.
Próstata (masculino) - anualmente.

Fonte: Ministério da Saúde

sábado, 9 de outubro de 2010

Fisiologia do Envelhecimento do Idoso

As modificações fisiológicas que se produzem no decurso do envelhecimento resultam de interações complexas entre os vários fatores intrínsecos e extrínsecos e manifestam-se através de mudanças estruturais e funcionais. Seja qual for o mecanismo e o tempo de envelhecimento celular, este não atinge simultaneamente todas as células, tecidos, órgãos e sistemas.
    Cada sistema tem o seu tempo de envelhecimento, mas sem a interferência dos fatores ambientais há alterações que se dão mais cedo e se tornam mais evidentes quando o organismo é agredido pela doença.
    É de fundamental importância conhecer as alterações fisiológicas decorrentes do processo de envelhecimento e saber identificar as síndromes geriátricas para a prevenção da independência do idoso.
 
Alterações anatômicas
Ocorrem modificações anatômicas na coluna vertebral, que causam redução na estatura, aproximadamente 1 a 3 cm a cada década. Após os 50 anos de idade inicia-se a atrofia óssea, ou seja, a perda de massa óssea que poderá levar a fraturas. A cartilagem articular torna-se menos resistente e menos estável sofrendo um processo degenerativo. Ocorre diminuição lenta e progressiva da massa muscular, sendo o tecido gradativamente substituído por colágeno e gordura. As alterações no sistema osteoarticular geram a piora do equilíbrio corporal do idoso, reduzindo a amplitude dos movimentos e modificando a marcha. Além disso, o envelhecimento modifica a atividade celular na medula óssea, ocasionando reabastecimento inadequado de osteoclastos (tecido ósseo) e osteoblastos e também desequilíbrio no processo de reabsorção e formação óssea, resultando em perda óssea.
    Há tendência a ganho de peso pelo aumento do tecido adiposo e perda de massa muscular e óssea. A distribuição da gordura corporal se acentua no tronco e menos nos membros. Dessa forma, a gordura abdominal eleva o risco para doenças metabólicas, sarcopenia e declínio de funções.
    Na opinião de Matsudo et al. (2000), o aumento da gordura corporal total e diminuição do tecido muscular pode ocorrer principalmente devido a diminuição da taxa de metabolismo basal e do nível de atividade física.
 
Envelhecimento cerebral
Muitas evidências sugerem que adultos mais velhos têm mais dificuldade de assimilar novas informações, e habilidades de raciocínio diminuídas. Em geral, os idosos são mais lentos para responder algumas tarefas cognitivas, e são mais suscetíveis ao rompimento da informação que adultos mais jovens.
    Dentre as modificações mais importantes na estrutura e funcionamento cerebral, pode-se destacar: a atrofia (diminuição de peso e volume), hipotrofia dos sulcos corticais, redução do volume do córtex, espessamento das meninges, redução do número de neurônios e diminuição de neurotransmissores.
    Há alterações degenerativas da estrutura do olho, levando a diminuição visual, aumento da sensibilidade à luz, perda da nitidez das cores e da capacidade de adaptação noturna. A perda de audição resulta da disfunção dos componentes do sistema auditivo. Há perda da discriminação dos sons mais baixos. Ocorre maior acúmulo de cera no ouvido pela alteração na função glandular. As alterações vasculares também alteram a audição. São comuns os estados vertiginosos e zumbidos (FREITAS et al., 2002).
    A deterioração visual se deve a modificações fisiológicas e alterações mórbidas. Os transtornos mais comuns que afetam os idosos são a catarata, a degeneração macular, o glaucoma e a retinopatia diabética.
 
Envelhecimento cardiovascular
    Dentre as modificações mais importantes na estrutura e funcionamento cardiovascular, pode-se destacar: aumento de gordura, espessamento fibroso, substituição do tec. muscular por tecido conjuntivo, calcificação do anel valvar.
    O envelhecimento está associado a alterações estruturais cardíacas. As paredes do ventrículo esquerdo aumentam de espessura, e ocorre depósito de colágeno, da mesma forma, a aorta se torna mais rígida.
    Nas artérias, ocorre acúmulo de gordura (aterosclerose), perda de fibra elástica e aumento de colágeno. Dessa forma, a função cardiovascular fica prejudicada, diminuindo a resposta de elevação de freqüência cardíaca ao esforço ou estímulo, aumentando a disfunção diastólica do ventrículo esquerdo e dificultando a ejeção ventricular. Além disso, ocorre a diminuição da resposta às catecolaminas e a diminuição a resposta vascular ao reflexo barorreceptor. Ocorre maior prevalência de Hipertensão arterial sistólica isolada com maior risco de eventos cardiovasculares.
 
 Envelhecimento do aparelho respiratório
    As alterações determinadas pelo envelhecimento afetam desde os mecanismos de controle até as estruturas pulmonares e extras - pulmonares que participam do processo de respiração.
    A musculatura da respiração enfraquece com o progredir da idade. Isso ocorre devido ao enfraquecimento dos músculos esqueléticos somado ao enrijecimento da parede torácica, resultando na redução das pressões máximas inspiratórias e expiratórias com um grau de dificuldade maior para executar a dinâmica respiratória (CARVALHO; LEME, 2002).
    Na parede torácica, ocorre aumento da rigidez, calcificação das cartilagens costais, calcificação das articulações costais e redução do espaço intervertebral. Quanto ao funcionamento do Sistema Respiratório ocorre redução da forca dos músculos respiratórios, redução da taxa de fluxo expiratório e redução da pressão arterial de oxigênio (PASI, 2006).
    O único músculo que parece não costuma ser afetado pelo envelhecimento é o diafragma que, no idoso, apresenta a mesma massa muscular que indivíduos mais jovens.
 
Envelhecimento do aparelho digestório
   O sistema digestório, assim como os demais sistemas, sofre modificações estruturais e funcionais com o envelhecimento. As alterações ocorrem em todo trato gastrintestinal da boca ao reto.
    Ocorrem alterações na cavidade oral, havendo perda do paladar, redução da inervação do esôfago, redução na secreção de lípase e insulina pelo pâncreas, diminuição da metabolização de medicamentos pelo fígado, dificuldade de esvaziamento da vesícula biliar, discreta diminuição da absorção de lipídeos no intestino delgado, no cólon se observa o enfraquecimento muscular, alteração de peristalse e dos plexos nervo a musculatura do esfíncter exterior. No reto e ânus são observadas alterações com espessamento e alterações do colágeno e redução de força muscular, que diminuem a capacidade de retenção fecal volumosa. A isso se acrescem alterações de elasticidade retal e da sensibilidade à sua distensão.
 
Envelhecimento do sistema urinário
    Ocorre uma diminuição de função renal em cerca de 50% aos 80 anos.
    A atrofia da uretra, com enfraquecimento da musculatura pélvica associado à perda de elasticidade uretral e de colo vesical favorecem o aumento de freqüência e urgência urinária e incontinência urinária de esforço (SOUZA, 2002).
    A incontinência urinária é definida como eliminação involuntária de urina, em local e momento inadequado. Não se trata de uma doença, mas sim de um sintoma. Este problema aumenta com a idade, apesar do envelhecimento em si não ser causa de incontinência urinária.
    Este problema é mais freqüente nas mulheres que nos homens e afeta cerca de 30% dos idosos que vivem em comunidade e 50% dos idosos institucionalizados (TERRA, 2003).
 
Envelhecimento do sistema imunológico
    Com o aumento da idade, desenvolvem-se as patologias infecciosas e alguns tipos de cânceres. E estes problemas podem estar associados com a diminuição gradual das funções do sistema imunológico.
    A deterioração da função imunitária associada ao processo de envelhecimento se denomina imunossenescência, que contribui de maneira importante a maior morbi - mortalidade observada em adultos mais velhos, com maior incidência de infecções do trato respiratório e urinário.
Síndromes geriátricas
    As síndromes geriátricas estão geralmente relacionadas ao envelhecimento dos órgãos e sistemas, e podem ser agravados de acordo com o estilo de vida adotado pelo idoso. Em relação aos problemas musculoesqueléticos observa-se a prevalência de osteopenia, osteoporose, osteoartrite, reumatismos, instabilidade postural e quedas.
Os problemas neurológicos mais comuns são Parkinson, AVE, demências, Mal de Alzheimer e alterações nos padrões de sono. Já no sistema cardiovascular, a hipertensão, as cardiopatias e a arteriosclerose prevalecem entre os idosos.
    As afecções pulmonares são muito comuns na terceira idade. No sistema digestório, o envelhecimento pode aumentar o refluxo gastroesofágico. Outro problema também comum entre idosos é a incontinência urinária. Além disso, com a diminuição das funções do sistema imunológico, os idosos ficam mais suscetíveis a gripe e tuberculose.
    Além das alterações de caráter físico com o envelhecimento pode - se verificar modificações nas reações emocionais, como o acúmulo de perdas e separações, solidão, isolamento e marginalização social. As principais características do envelhecimento emocional são a redução da tolerância aos estímulos, vulnerabilidade à ansiedade e depressão, sintomas hipocondríacos, conservadorismo de caráter e de idéias, e acentuação de traços obsessivos, viver mais tempo aumenta as probabilidades em 80% de contrair uma ou mais doenças crônicas, bem como limitações físicas incapacitantes. Acrescenta que em muitos casos é difícil de distinguir se tratam-se de alterações decorrentes do processo de envelhecimento ou se são manifestações patológicas.
 
 
   Referências bibliográficas
FREITAS, E. V.; MIRANDA, R. D.; NERY, M. R. Parâmetros clínicos do envelhecimento e avaliação geriátrica global. In: FREITAS, E. et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. p. 610-617.
GORZONI, M. L.; RUSSO, M. R. O envelhecimento respiratório. In: FREITAS, E. et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 596- 599.
MACEDO, M. P. Envelhecimento e parâmetros hematológicos. In: FREITAS, E. et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 1040-1048.
MATSUDO, S. M.; MATSUDO, V. K. R.; BARROS NETO, T. L. Impacto do envelhecimento nas variáveis antropométricas, neuromotoras e metabólicas da aptidão física. Rev. Bras. Ciên. Mov., v. 8, n. 4, 2000, p. 21-32.
SOUZA, R. S. Anatomia do envelhecimento. In: PAPALÉO NETO, M.; CARVALHO FILHO, E. T. Geriatria: Fundamentos, Clínica e Terapêutica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2002. p. 35-42.
TERRA, N. L. (Org.). Entendendo as queixas do idoso. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003, p. 29-70.

Expectativa de Vida para idosos

Os idosos são hoje 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento. Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%, em 1991, ele correspondia a 7,3% da população.
O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, devido ao avanço no campo da saúde e à redução da taxa de natalidade. Prova disso é a participação dos idosos com 75 anos ou mais no total da população - em 1991, eles eram 2,4 milhões (1,6%) e, em 2000, 3,6 milhões (2,1%).
A população brasileira vive, hoje, em média, de 68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 90. Estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos no País deva chegar a 30 milhões de pessoas (13% do total), e a esperança de vida, a 70,3 anos.
O quadro é um retrato do que acontece com os países como o Brasil, que está envelhecendo ainda na fase do desenvolvimento. Já os países desenvolvidos tiveram um período maior, cerca de cem anos, para se adaptar. A geriatra Andrea Prates, do Centro Internacional para o Envelhecimento Saudável, prevê que, nas próximas décadas, três quartos da população idosa do mundo esteja nos países em desenvolvimento.
A Organização das Nações Unidas (ONU) divide os idosos em três categorias: os pré-idosos (entre 55 e 64 anos); os idosos jovens (entre 65 e 79 anos - ou entre 60 e 69 para quem vive na Ásia e na região do Pacífico); e os idosos de idade avançada (com mais de 75 ou 80 anos). Estes, com mais de 80 anos, são e vão continuar sendo, na sua maior parte, do sexo feminino.
A importância dos idosos para o País não se resume à sua crescente participação no total da população. Boa parte dos idosos hoje são chefes de família e nessas famílias a renda média é superior àquelas chefiadas por adultos não-idosos.

Referência
Instituto Brasileiro de Geografia e Estática - (IBGE)