quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Poema da Nutricionista

                                  

Nutricionista não se apaixona...
Alimenta sentimentos!

Nutricionista não faz exercício...
Queima calorias!

Nutricionista não bebe...
Lesa as células hepáticas!

Nutricionista não come doce...
Ingere carboidrato de alto índice glicêmico!

Nutricionista não lava louça...
Higieniza utensílios!

Nutricionista não faz comida...
Ensina a comer!

Nutricionista não come kani...
Ingere peixe sabor sirí!

Nutricionista não tem dor de estômago...
Tem desconforto gástrico!

Nutricionista não toma remédio...
Utiliza fármacos!

Nutricionista não tem desejos absurdos na gravidez...
Tem picamalácia!

Nutricionista não tem IMC normal...
É eutrófica!

Nutricionista não é universitária...
é profissional em treinamento!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Poema do idoso

A velhice e as estações

Dizem que a velhice é como o inverno
As folhas caem e não voltam mais
Tudo se faz seco e frutos não se colhem mais
Os tempos passam
E jamais vi um ano que após o inverno não viesse o verão
e entre eles a colorida e radiante primavera
A velhice são as quatro estações
É verão quente como coração que quer dar amor
Outono sereno de equilíbrio com ventos de calmaria
É inverno gelado como as decepções na vida
Primavera florida, colheita da vida...
E o ciclo se repete
Novo ou velho, aprendemos quando se perde
Acertando ou errando, crescemos quando tudo se repete
Cabelos brancos ou pintados, a cor da vida é a que diverte
Aposentado ou empregado, amar é que enriquece
Podem passar os dias, podem passar os anos
Norte ou sul, leste ou oeste
Sete ou setenta, vinte ou cinquenta.
Dia ou noite, chuva ou sol
A velhice é para todos
A velhice são os que vencem
E passam por todas as gerações
Outono e inverno, primavera e verão
Até chegar nela e se fazerem.


de Daniela Martins Lima

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Receita do dia

Sopa Creme de Abóbora

Sopa Creme de  Abóbora
Tipo de Culinária: Culinária Popular
Categoria: Entradas
Subcategorias: Sopas
Rendimento: 6 porções

Ingredientes

500 gr de abóbora moranga
100 gr de couve manteiga picada(s)
3 unidade(s) de cenoura picada(s)
3 unidade(s) de batata picada(s)
1 unidade(s) de cebola picada(s)
2 dente(s) de alho amassado(s)
2 litro(s) de água
250 ml de leite
3 colher(es) (sopa) de Azeite
1 colher(es) (sopa) de amido de milho
quanto baste de sal

Modo de Preparo

Cozinhe a abóbora em 1.5 l de água. Após cozida, passe no liquidificador com a própria água do cozimento.
Em separado, refogue, o azeite, a cebola, o alho e o sal, acrescentando o caldo de abóbora. Mexa bem e acrescente a batata, a cenoura, a couve e 0.5 L de água, deixe ferver até o ponto de cozimento. Desligue o fogo e acrescente o amido de milho (dissolvido no leite frio). Mexa bem, deixando ferver até engrossar. Sirva com torradas.

Sugestão de cardápio para idoso

CAFÉ DA MANHÃ
1 xíc. (200 ml) de café com leite integral (prefira leite desnatado, se houver problemas com os níveis de colesterol)
2 fatias de pão integral com um pouco de margarina (1 ponta de faca)
1/2 mamão (fruta laxativa, ajuda no funcionamento intestinal e fornece minerais e vitamina E)

COLAÇÃO
1 copo (250 ml) de vitamina de fruta (fonte de vitaminas, minerais e fibras)

ALMOÇO
8 col. (sopa) de macarrão cozido (energia), com 1 concha de molho de tomate (fonte de licopeno, que auxilia na prevenção do câncer de próstata)
1 porção de frango sem pele e assado (para reduzir calorias e gorduras)
salada de folhas verdes picadas (fonte de fibras), à vontade, temperada com 1 fio de azeite
1 taça de salada de frutas picadas (fonte de vitaminas, minerais e fibras)

CAFÉ DA TARDE
2 fatias de pão (escolha pães macios que facilitam a mastigação) + 2 fatias de ricota temperada
1 copo (250ml) de suco de laranja (fonte de vitamina C)

JANTAR
8 col. (sopa) de arroz branco cozido (carboidrato, alimento energético)
1 concha de feijão cozido (proteína e fibras solúveis)
1 pedaço de carne cozida com molho (proteína)
3 col. (sopa) de abobrinha na salsa
1 fatia de pudim

CEIA
3 unidades de biscoito salgado
1 ou 2 xíc. de chá de ervas


FONTE: GLÁUCIA KAMIKADO PIVI, NUTRICIONISTA DE SÃO PAULO, ESPECIALIZADA NO TRATAMENTO DE IDOSOS

Vitamina B12 - Cobalamina

 
 
A cobalamina é uma vitamina hidrossolúvel e faz parte do grupo de vitaminas do Complexo B, sendo a única vitamina que o organismo consegue armazenar em grandes quantidades. A vitamina B12 pode ser encontrada especialmente em alimentos de origem animal, como moluscos, leite, carnes e ovos (Paniz et al, 2005). É uma vitamina sensível a luz, ácidos, bases e agentes oxidantes ou redutores, sendo assim o processamento e cozimento dos alimentos fontes pode ter perdas significativas de até 30% (Oliveira & Marchini, 1998).
 
A vitamina B12 possui baixo percentual de absorção, sendo necessária a presença do fator intrínseco (glicoproteína indispensável à absorção da vitamina B12) e do ácido clorídrico para que as ligações peptídicas sejam quebradas. Com isso, a vitamina B12 pode ser absorvida no trato intestinal pelas células epiteliais do íleo terminal (Oliveira & Marchini, 1998; Silva & Mura, 2007). Após a absorção a vitamina é transportada pela corrente sanguínea, onde se liga a proteínas séricas.
 
 A cobalamina é essencial para o funcionamento adequado das células do organismo, especialmente as do trato gastrointestinal, tecido nervoso e medula óssea. Atua também no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas (Oliveira & Marchini, 1998; Vannucchi & Marchini, 2007).
A deficiência de vitamina B12 é causada em sua maior parte pela má absorção da cobalamina, e em alguns casos são decorrentes de anemia perniciosa.
Tabela 1 - Quantidade de cobalamina em 100g de alimento

Alimento (100g)
Quantidade (mcg)
Fígado de boi
59,29
Carne vermelha
  1,82
Moluscos
49,43
Leite
  0,44
Ovos
  1,29

FONTE:  U.S. Department of Agriculture, Agricultural Research Service USDA, 2001
Referência Bibliográfica:
  1. Moreira A.V.B. Vitaminas. In: Silva S.M.C.S, Mura J.D.P. Tratado de alimentação, Nutrição & Dietoterapia. 1. ed. São Paulo: Roca,2007. cap.4, p.92-93.
  2. INSTITUTE OF MEDICINE, FOOD AND NUTRITION BOARD. Dietary Reference Intakes: Energy, Carbohydrates, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, Amino Acids and vitamins. Washington, DC: National Academies Press; 2002.
  3. TABELA DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS. U.S. Department of agriculture, agricultural research service. USDA. Nutrient Database for Standard Reference, release 14, 2001. Acessado em 03/07/2009. Disponível em: www.unifesp.br/dis/servicos/nutri/
  4. Vannucchi H, Júnior A.A.J. Vitaminas Hidrossolúveis. In: Oliveira J.E.D, Marchini J.S. Ciências Nutricionais, 1. ed. São Paulo:Sarvier,1998. cap.11, p.202-03.

A Importância do Zinco na Alimentação dos Idosos

Os idosos estão sob risco nutricional como resultado de múltiplos fatores fisiológicos, sociais, psicológicos e econômicos. O declínio natural das funções fisiológicas com a idade leva à menor eficiência na absorção e no metabolismo dos nutrientes. Nessa fase da vida, há maior incidência de doenças crônicas que, em associação com medicamentos, pode afetar a utilização de nutrientes.
(MCCLAIN et al, 2002)

O zinco é um micronutriente que está presente em enzimas, participa do processo de mobilização hepática da vitamina A e atua no crescimento e maturação sexual, funções imunológicas, dentre outras. (WAITZBERG, 2002)

A deficiência de zinco é considerada um problema nutricional mundial, pois afeta igualmente grupos populacionais em países desenvolvidos e em desenvolvimento (Salgueiro et al, 2000) e pode levar à anorexia, que reduz a ingestão de alimentos com repercussões na saúde do idoso, e a dificuldades na reparação de tecidos, que aumenta o tempo de convalescença em estados de doença. (CHANDRA, 1992)
A ausência de zinco na alimentação tem sido associada à ingestão elevada de alimentos ricos em carboidratos, com pequena contribuição de proteína animal, um perfil comum entre idosos devido à menor renda e restrições para obter e preparar as refeições. (SANDRSTRÔM, 1997)
Recomendação Diária de Zinco (mg) para indivíduos acima dos 51 anos.
Sexo
Quantidade
Feminino
8 mg/ dia
Masculino
11 mg/ dia
(DRI’s, 2002)
Principais fontes de zinco
Alimentos
Quantidade/ Medida Caseira
Quantidade de Zinco (mg)
Farelo de Aveia
94g
2,92
Feijão
51g / 2 colheres de sopa
1,15
Peito de Frango
180g/ 1 pedaço médio
1,5
Leite Integral
240ml / 1 copo
1
Arroz Integral
40g / 2 colheres de sopa
1
Carne bovina
130g / 1 fatia média
4
(USDA, 2006)
Com o envelhecimento, pode ocorrer diminuição da ingestão energética por causa da diminuição da taxa de metabolismo basal, da redução do tamanho corporal e da atividade física. Em conseqüência, muitos idosos apresentam risco de ingestão inadequada em nutrientes essenciais.(CESAR et al, 2005)
Devido à importância funcional do zinco durante o envelhecimento, os programas de atenção ao idoso devem incluir orientação nutricional para alcançar níveis desejados de energia e equilíbrio entre os macronutrientes, com participação de melhores fontes de zinco na alimentação, ou ainda, recomendação do uso de suplementos a fim de alcançar níveis adequados do micronutriente no sangue.(CESAR et al, 2005)
Para os idosos, a nutrição é especialmente importante devido às mudanças fisiológicas relacionadas ao envelhecimento e ao desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas. É fundamental que o idoso apresente uma dieta equilibrada em carboidratos, proteínas, gorduras. O atendimento das necessidades de vitaminas e minerais é essencial. Além disso, é importante a refeição apresentar aspectos atrativos como a cor, sabor, aroma e textura, e que seja priorizado o prazer no momento da refeição, atendendo as preferências do idoso.
 
Referências Bibliográficas
CHANDRA, R.K. Nutrition and immunity in the elderly. Nutr. Rev., v.12,n.50,1992.
MCCLAIN, C.J; MCCLAIN M, B. S, BOOSALIS M.G. Trace metals and the elderly. Clin Geriatr Med. 18(4):801-18, 2002.
Nutritional Research Council. Dietary Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron, Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel, Silicon, Vanadium, and Zinc. Washington (DC): National Academy Press (USA); 2002.
SALGUEIRO M.J; BIOCH M.Z; LYSIONEK A;  SARABIA, M.I; CARO,R; PAOLI T.D, et al. Zinc as an essential micronutrient: a review. Nutr Rev. 20(5): 737-55,2007.
SANDSTRÔM B. Bioavailability of zinc. Eur J Clin Nut.; 51(Suppl 1):S17-9. 1997
United states department of agriculture. USDA National Nutrient Database for Standard Reference, 2006. Disponível em: http://www.ars.usda.gov/Services/docs.htm?docid=13726. Acesso dia: 26/jun/2007.
WAITZBERG, D. L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 3ed São Paulo: Editora Atheneu, p.131-134, 2002.
CESAR, T.B;WADA,S.R;BORGES,R.G. Zinco plasmático e estado nutricional em idosos. Rev. Nutr.18 (3),p357-365,2005.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dicas Nutricionais para Pacientes Idosos

 A qualidade de vida dos idosos está relacionada à possibilidade de se cumprir funções diárias básicas adequadamente, se sentir bem e viver de forma independente. 

O envelhecimento é caracterizado por uma série de modificações fisiológicas e psicológicas que estão relacionadas, por sua vez, com alterações no estado nutricional. A boa alimentação é uma preocupação constante também para a terceira idade, pois uma série de fatores, que enumeramos a seguir, podem causar deficiências importantes para o organismo:

* Problemas odontológicos: falta dos dentes, próteses antigas e mal ajustadas e doenças da cavidade oral e das gengivas.
* Problemas de deglutição: com dificuldade para engolir alimentos mais sólidos, devido a patologias da garganta e do esôfago.
* Perda ou diminuição do paladar e do olfato (cheiro).
* Problemas psico-geriátricos: principalmente depressão, tristeza, desânimo, apatia e solidão.
* Medicações: Uso de muitas medicações que podem trazer muitos efeitos colaterais e perda de apetite, bem como problemas gástricos, como azia e a gastrite.
* Preparo das Refeições: Não ter quem prepare as refeições, levando o idoso a preferir alimentos de mais fácil preparo e consumo, na maioria ricos em calorias e açúcar, pobres em vitaminas e proteínas.
No idoso com demência, o ato de alimentar-se pode ser ainda mais complicado, pois pela confusão mental e pela dificuldade de realizar até as mais simples tarefas, como “fazer seu próprio prato” e levar o garfo à boca, podem gerar estresse, cansaço para ele e para seus cuidadores.
Acrescenta-se o fato de que, com o avanço da doença, o idoso tem cada vez mais dificuldade de mastigação e de deglutição de alimentos sólidos, o que pode provocar engasgos e tosse.
Assim, é importante o cuidador observar quando o idoso engasga ou tosse ao comer, pois poderá estar iniciando um quadro de disfagia (dificuldade de engolir), mais comum em fases mais tardias da doença de Alzheimer.
O controle do peso do idoso é importante e deve ser feito mensalmente. Na doença de Alzheimer e nas outras patologias que cursam com demência, em fases mais avançadas, os idosos podem apresentar perda de peso, lenta e gradual, mesmo com a dieta correta e adequada. Imagine com uma dieta errada e inadequada?
Portanto, todo o processo do ato da alimentação tem que ser bem planejado. A seguir, reunimos algumas dicas importantes e fáceis de aprender e aplicar, para facilitar a boa interação com o idoso.
ALGUMAS DICAS e RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
A alimentação deve ser adequada e completa para atender às necessidades nutricionais;
Cuidar da apresentação dos pratos e estimular a experimentação de novos sabores e sensações;
É primordial manter uma boa higiene bucal, cuidar da hidratação e da umidade da mucosa bucal e da língua;
Manter uma rotina e uma regularidade nos horários das refeições para minimizar as possíveis distrações (não ligar a televisão durante as refeições);
Utilizar utensílios adequados, como pratos que se fixem na mesa (com ventosas) e talheres de plásticos para evitar a autolesão;
Durante as refeições, o paciente deverá estar sentado com a inclinação correta da cabeça para favorecer a deglutição;
Adaptar a consistência para melhor mastigação e deglutição e evitar grumos, espinhas e cascas duras para o paciente não engasgar;
Beber água suficiente, principalmente para evitar os engasgos. Evitar administrá-la no período da noite e, em caso de disfagia a líquidos, usar espessantes;
Se houver alterações na deglutição, deve-se modificar a consistência dos alimentos sólidos e líquidos, utilizando alimentos com textura modificada e/ou espessantes (não mesclar texturas diferentes);
Usar temperos naturais como alho, cebola, cebolinha, cheiro verde, salsa, orégano e outros, evitando, assim, o abuso do sal.
Como medida de prevenção da constipação, assegurar quantidade suficiente de água, exercícios físicos regulares e alimentos ricos em fibras ou suplementos;
Diante de uma perda de peso, utilizar suplementos nutricionais orais e se o aporte de nutrientes for insuficiente, será necessário utilizar purês enriquecidos;
Os alimentos devem estar sempre em temperatura adequada, visto que, em fases mais avançadas, o paciente não consegue distinguir o quente do frio, estando mais exposto a lesões.
Fonte: Programa Nestlé Nutrition em Casa