A qualidade de vida dos idosos está relacionada à possibilidade de se cumprir funções diárias básicas adequadamente, se sentir bem e viver de forma independente.O envelhecimento é caracterizado por uma série de modificações fisiológicas e psicológicas que estão relacionadas, por sua vez, com alterações no estado nutricional. A boa alimentação é uma preocupação constante também para a terceira idade, pois uma série de fatores, que enumeramos a seguir, podem causar deficiências importantes para o organismo:* Problemas odontológicos: falta dos dentes, próteses antigas e mal ajustadas e doenças da cavidade oral e das gengivas. * Problemas de deglutição: com dificuldade para engolir alimentos mais sólidos, devido a patologias da garganta e do esôfago. * Perda ou diminuição do paladar e do olfato (cheiro). * Problemas psico-geriátricos: principalmente depressão, tristeza, desânimo, apatia e solidão. * Medicações: Uso de muitas medicações que podem trazer muitos efeitos colaterais e perda de apetite, bem como problemas gástricos, como azia e a gastrite. * Preparo das Refeições: Não ter quem prepare as refeições, levando o idoso a preferir alimentos de mais fácil preparo e consumo, na maioria ricos em calorias e açúcar, pobres em vitaminas e proteínas. No idoso com demência, o ato de alimentar-se pode ser ainda mais complicado, pois pela confusão mental e pela dificuldade de realizar até as mais simples tarefas, como “fazer seu próprio prato” e levar o garfo à boca, podem gerar estresse, cansaço para ele e para seus cuidadores. Acrescenta-se o fato de que, com o avanço da doença, o idoso tem cada vez mais dificuldade de mastigação e de deglutição de alimentos sólidos, o que pode provocar engasgos e tosse. Assim, é importante o cuidador observar quando o idoso engasga ou tosse ao comer, pois poderá estar iniciando um quadro de disfagia (dificuldade de engolir), mais comum em fases mais tardias da doença de Alzheimer. O controle do peso do idoso é importante e deve ser feito mensalmente. Na doença de Alzheimer e nas outras patologias que cursam com demência, em fases mais avançadas, os idosos podem apresentar perda de peso, lenta e gradual, mesmo com a dieta correta e adequada. Imagine com uma dieta errada e inadequada? Portanto, todo o processo do ato da alimentação tem que ser bem planejado. A seguir, reunimos algumas dicas importantes e fáceis de aprender e aplicar, para facilitar a boa interação com o idoso. ALGUMAS DICAS e RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Cuidar da apresentação dos pratos e estimular a experimentação de novos sabores e sensações; É primordial manter uma boa higiene bucal, cuidar da hidratação e da umidade da mucosa bucal e da língua; Manter uma rotina e uma regularidade nos horários das refeições para minimizar as possíveis distrações (não ligar a televisão durante as refeições); Utilizar utensílios adequados, como pratos que se fixem na mesa (com ventosas) e talheres de plásticos para evitar a autolesão; Durante as refeições, o paciente deverá estar sentado com a inclinação correta da cabeça para favorecer a deglutição; Adaptar a consistência para melhor mastigação e deglutição e evitar grumos, espinhas e cascas duras para o paciente não engasgar; Beber água suficiente, principalmente para evitar os engasgos. Evitar administrá-la no período da noite e, em caso de disfagia a líquidos, usar espessantes; Se houver alterações na deglutição, deve-se modificar a consistência dos alimentos sólidos e líquidos, utilizando alimentos com textura modificada e/ou espessantes (não mesclar texturas diferentes); Usar temperos naturais como alho, cebola, cebolinha, cheiro verde, salsa, orégano e outros, evitando, assim, o abuso do sal. Como medida de prevenção da constipação, assegurar quantidade suficiente de água, exercícios físicos regulares e alimentos ricos em fibras ou suplementos; Diante de uma perda de peso, utilizar suplementos nutricionais orais e se o aporte de nutrientes for insuficiente, será necessário utilizar purês enriquecidos; Os alimentos devem estar sempre em temperatura adequada, visto que, em fases mais avançadas, o paciente não consegue distinguir o quente do frio, estando mais exposto a lesões. Fonte: Programa Nestlé Nutrition em Casa |
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Dicas Nutricionais para Pacientes Idosos
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Dieta para Idosos Saudável e Balanceada
De acordo com o especialista, existe o consenso de que o idoso deve receber uma dieta variada, saudável e balanceada. As necessidades protéicas, calóricas e de lipídeos diárias não são muito diferentes das de grupos mais jovens de pessoas. Deve-se ter o cuidado de adequar a dieta para os indivíduos com dificuldade de mastigação e deglutição, alerta o médico. As restrições dietéticas, decorrentes de doenças específicas, como a diabetes ou das insuficiências de órgãos, devem ser respeitadas, o que não significa que a alimentação não possa ser saborosa. Eventualmente será mais importante recuperar ou preservar o estado nutricional de um idoso doente, prestando a atenção no prazer da alimentação e na conservação do apetite, do que respeitar restrições dietéticas muito rígidas.
O uso de suplementos vitamínicos pelos idosos merece um comentário à parte, pois segundo o médico, existem situações relacionadas ao envelhecimento e ao uso de dietas inadequadas, que fazem com que os idosos estejam mais propensos a ter carência de algumas vitaminas. “Este fato não justifica o uso indiscriminado de complexos vitamínicos nestas pessoas, ademais a maior parte dos idosos que recebe uma dieta adequada não apresentam sinais clínicos de deficiência vitamínica”:ratifica.
O cuidado especial deve ser dado à vitamina B12, cuja deficiência é muito mais comum nesta faixa etária. Pessoas acima dos setenta anos têm uma incidência maior de gastrite, diminuição da acidez gástrica e da produção de fator intrínseco com conseqüente deficiência da absorção intestinal da vitamina B12. “A falta desta vitamina pode levar a anemia megaloblástica, neuropatia periférica, com dificuldades de marcha e déficits de cognição, e ela deve ser, quando necessário, administrada por via parenteral”.
Cuidados a ter com o planeamento das dietas
O planejamento de dietas que atendam ás necessidade dos idosos apresenta problemas que são tão variados quanto as circunstâncias nas quais estas pessoas vivem. Seja quem for o responsável pelo planejamento e preparação das suas refeições, deve atender aos gostos do paciente e às suas necessidades e limitações.
Neste planejamento, tenha em conta fatores como a ignorância dos fatos relacionados à nutrição, os preconceitos alimentares, o temor de alimentos desconhecidos, a falta de dinheiro e a dificuldade na preparação dos alimentos.
Embora possam necessitar de uma alimentação e preparação especial das refeições, os idosos devem, sempre que possível, participar nas refeições e comer os alimentos preparados para toda a família.
O aspecto visual da comida é muito importante. Até uma comida simples e bem apresentada poderá fazer com que o idoso sinta prazer em comer.
Aspectos a ter em conta na preparação
Ao organizar o regime alimentar de um idoso, deve ter em conta os seguintes fatores. A má dentição, ou utilização de defeituosa prótese dentária, exige o emprego de alimentos apropriados e com uma textura adequada (cozedura suficiente, fracionamento ou picado, ralado, etc.). Poderá também optar por preparações dietéticas ou produtos homogeneizados, os quais, podendo dar satisfação completa nos aspectos dietéticos, levantam os problemas da aceitabilidade e do seu custo muito elevado.
Tenha também em conta que, no idoso, é muito freqüente a obstinação, ocasionada, por um lado, pela atonia do tubo digestivo e pela diminuição das secreções digestivas e, por outro lado, pela falta de fibra. Esta falta de fibra obriga ao cálculo da quantidade de fibra fornecida pelos GRUPOS IV e V e dos alimentos mais indicados (pão de mistura, vegetais verdes, e frutos) para se conseguir um equilíbrio em fibra.
As dislipidemias (ou formas estabelecidas de aterosclerose e outras perturbações degenerativas), nas quais a nutrição desempenha papel fundamental, dependem de desequilíbrio entre carboidratos e gorduras, do excesso destas ou dos seus ácidos gordos saturados e colesterol, do consumo excessivo de açúcar e de álcool, que as pessoas idosas aceitam inadvertidamente.
O idoso pode consumir cinco a seis refeições diárias. O processo de preparação mais indicado é a cozedura, bem como grelhados ou ainda assados.
Referência: Ministério da Saúde
Apostila Nutrição para Idosos
Quedas em idosos
SUS gasta quase R$ 81 milhões com fraturas em idosos em 2009. Saiba mais!
As quedas e suas conseqüências para as pessoas idosas no Brasil têm assumido dimensão de epidemia. Os custos para a pessoa idosa que cai e faz uma fratura são incalculáveis. E o pior, atinge toda a família na medida em que a pessoa idosa que fratura um osso acaba hospitalizada e freqüentemente é submetida a tratamento cirúrgico. Os custos para o sistema de saúde também são altos.
A cada ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem gastos crescentes com tratamentos de fraturas em pessoas idosas. Em 2009, foram R$ 57,61 milhões com internações (até outubro) e R$ 24,77 milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose. Em 2006, foram R$ 49 milhões e R$ 20 milhões respectivamente. Para promover a saúde do grupo populacional o Ministério da Saúde chamou as secretarias estaduais e municipais de saúde a realizarem esforços conjuntos para redução das taxas de internação por fratura do fêmur na população idosa.
A quantidade de internações aumenta a cada ano e as mulheres são as mais atingidas. Entre as mulheres foram 20.778 mil internações em 2009 e entre eles 10.020 mil (dados até outubro). Por causa da osteoporose, elas ficam mais vulneráveis às fraturas. Os homens caem, mas não fraturam tanto quanto as mulheres. Em 2001, esses números eram bem menores, 15 mil internações do sexo feminino e 7 mil do sexo masculino.
A queda em idosos pode causar sérios prejuízos à qualidade de vida desse grupo populacional, podendo acarretar em imobilidade, dependência dos familiares, sem falar no índice de mortalidade pós-cirúrgico.
Nos casos mais graves, pode levar até a morte. Considerando todo o país, somente em 2005, foram 1.304 óbitos por fraturas de fêmur. E em 2009 esse número subiu para 1.478.
Com o intuito de reduzir esses valores e promover a saúde na terceira idade, o Ministério criou um comitê assessor instituído para prevenção e melhora da atenção (portaria nº. 3.213, de 20 de dezembro de 2007). O comitê assessor é formado por técnicos do Ministério da Saúde e representantes da Confederação das Entidades Brasileiras de Osteoporose e Osteometabolismo. Esse grupo promove oficinas para debater estratégias de prevenção de quedas e de osteoporose e os cuidados necessários para aquelas pessoas que caem e fraturam.
CAUSAS - A queda em pessoas idosas está associada à dificuldade de visão, auditiva, uso inadequado de medicamentos, dificuldade de equilíbrio, perda progressiva de força nos membros inferiores, osteoporose, dentre outras situações clínicas que culminam para maior probabilidade de uma pessoa idosa cair.
Por questões de segurança, todo idoso deve avisar ao seu médico se caiu nos últimos seis meses. Isto porque é comum a pessoa cair uma primeira vez e não ter maiores conseqüências além do susto. Mas na próxima vez pode ser que o susto se transforme
No Brasil, estima-se que exista uma população de 19 milhões de idosos.
Referência:
Ministério da Saúde - Quedas em idosos
www.ministeriodasaude.org.br
domingo, 10 de outubro de 2010
Vacinas: mais proteção para os idosos
Os adultos e os idosos devem continuar recebendo doses de vacinas para garantir a proteção contra várias doenças.
- Vacinas essenciais:
* Dupla tipo adulto (difteria e tétano) - Protege o organismo contra a difteria e o tétano, que acometem com freqüência os idosos, devido maior freqüência de ferimentos domésticos e porque a maioria das pessoas que hoje têm mais de 60 anos não foi, na adolescência e na infância, alvo de campanhas de vacinação. É preciso tomar a vacina a cada dez anos. O adulto que nunca tomou a vacina ou não se lembra de seu antecedente vacinal deve receber três doses, com intervalo mínimo de 30 dias entre cada uma. Depois, é preciso tomar uma dose de reforço a cada dez anos. Se a pessoa se ferir e só tiver tomado uma dose ou não se lembrar de quantas tomou, precisará tomar as três doses, além do soro antitetânico.
* Influenza -Também é conhecida como a vacina contra a gripe. O vírus Influenza provoca a gripe que nos idosos pode evoluir com mais facilidade para uma pneumonia. É bom lembrar que a gripe é diferente do resfriado, causado por outros vírus e com sintomas mais fracos. A vacina requer uma dose a cada ano, administrada nas campanhas de vacinação do Ministério da Saúde.
* Influenza A (H1N1) - Proteção contra doença respiratória aguda (gripe), causada especificamente pelo vírus A (H1N1).
* Influenza -Também é conhecida como a vacina contra a gripe. O vírus Influenza provoca a gripe que nos idosos pode evoluir com mais facilidade para uma pneumonia. É bom lembrar que a gripe é diferente do resfriado, causado por outros vírus e com sintomas mais fracos. A vacina requer uma dose a cada ano, administrada nas campanhas de vacinação do Ministério da Saúde.
* Influenza A (H1N1) - Proteção contra doença respiratória aguda (gripe), causada especificamente pelo vírus A (H1N1).
* Contra a Pneumonia -Protege o organismo contra a pneumonia causada pela bactéria pneumococo. Em pessoas com mais de 60 anos, a doença é três vezes mais freqüente, além da mortalidade ser maior, razões pelas quais a vacina se torna importante nessa faixa etária. No sistema público de saúde, ela é destinada principalmente a idosos hospitalizados ou internados em casas geriátricas e asilos. A vacina tem uma única dose, com reforço após cinco anos.
Outras vacinas:
* Hepatite B - A infecção pelo vírus da hepatite B nos idosos está relacionada a um risco maior de ter cirrose ou câncer de fígado no decorrer dos anos. A vacina contra a hepatite B tem indicação universal, sendo recomendadas três doses - duas com intervalo de um mês e a terceira cinco meses após a segunda dose.
* Febre amarela - Deve ser tomada por todas as pessoas que moram ou viajam para regiões de risco no País, entre as quais Mato Grosso, Pará, Goiás, Amazonas e a região oeste dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. A vacinação deve ser realizada dez dias antes da data marcada para a viagem às regiões de risco. Quem já tomou a vacina, deve se imunizar, novamente, e esperar três dias para iniciar a viagem.
Referência
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. .
Dez passos para alimentação saudável - Idoso
Os 10 passos para uma alimentação saudável é uma estratégia para buscar uma alimentação mais saudável, Recomendada pelo Ministério da Saúde.
1° Aumente e varie o consumo de frutas, verduras e Legumes. Coma-os 5 vezes por dia.As frutas, verduras e legumes são ricas em vitaminas, minerais e fibras. Coma, pelo menos 4 colheres de vegetais (verduras e legumes ) 2 vezes por dia. Coloque os vegetais no prato do almoço e do jantar. Comece com 1 fatia ou 1 frutas de café de manha e acrescente mais 1 de lanche da manha e tarde.
2° Coma feijão 1 vez por dia e 4 vezes por semana: O feijão é um alimento rico em ferro. Na hora das refeições, coloque 1 concha de feijão no seu prato, assim você estará evitando a Anemia.
3° Reduza o consumo de Alimentos Gordurosos, como carne com gordura aparente, salsicha, mortadela, frituras e salgadinhos. Para no Maximo 1 vez por semana. Retire antes do cozimento a pele do frango, a gordura visível da carne e o couro do peixe. Apesar do óleo vegetal ser uma gordura mais saudável, tudo em excesso faz mal! O ideal é não usar 1 lata de óleo por mês para uma família de 4 pessoas. Prefira alimentos cozidos ou assados e evite cozinha com margarina, gordura vegetal ou manteiga.
4° Reduza o consumo de sal e retire o saleiro da mesa. O sal da cozinha é a maior fonte de sódio na alimentação. O sódio é essencial para o funcionamento do nosso corpo, mas o excesso pode levar a pressão do sangue, que chamamos Hipertensão. As crianças e adultos não precisam mais que uma pitada de sal por dia. Siga essa dicas: não coloque o saleiro na mesa, assim você evitar colocar mais sal na comida pronta. Evite temperos prontos, alimentos enlatados, carnes salgadas e embutidos como mortadela, presunto, lingüiça, etc.
5° Faça pelo menos 3 refeições e 1 lanche por dia. Não pule refeições: Para lanche e sobremesas prefira frutas. Fazendo todas as refeições, você evita que o estomago fique vazio por muito tempo, diminuindo o risco de ter gastrite e de exagerar na quantidade na hora que for comer. Evite “ beliscar”, isso ajudara a manter o peso.
6° Reduza o consumo de doces, bolos, biscoitos e outros alimentos ricos em açúcar para no Maximo duas vezes por semana.
7° Reduza o consumo de álcool e Refrigerantes. Evite o consumo diário – A melhor bebida é a AGUA.
8° Aprecie sua refeição coma devagar. Faça refeições um ponto de encontro com a família. Não se alimente assistindo TV.
9° Mantenha seu peso dentro dos limites consideráveis saudáveis – IMC = O índice de Massa Corpórea mostra seu peso esta adequado para altura. É calculado e devido o Peso, em Kg, pela altura, em metros, elevado ao quadrado.
Ex: Peso ²
Altura ²
10° Seja ativo. Acumule 30 minutos de atividades física todos os dias. Caminhe pelo seu bairro. Suba escadas. Não passe muitas horas assistindo TV.
REFENCIAS
Mnisterio da saude
Dicas de Alimentação saudavel para Idosos
Porções de alimentos e medidas correspondentes
Cada um dos “Dez passos para uma Alimentação saudável para pessoas Idosas” tem recordações quantificadas, ou seja, um determinado número de porções a serem consumidas por dia. As tabelas que seguem apresentam, para cada grupo, o valor calórico médio de uma porção, exemplos de alimentos e o tamanho de cada porção em medidas caseiras. Arroz, Pães, Massas, Batata e Mandioca 1 porção = 150 kcal
Alimentos arroz branco cozido batata cozida biscoito tipo cream cracker bolo de milho cereal matinal farinha de mandioca macarrão cozido milho verde em espiga pão de fôrma tradicional pão francês purê de batata torrada salgada 1 porção equivale a: 4 colheres de sopa 1 e 1/2 unidade 5 unidades 1 fatia 1 xícara de chá 2 colheres de sopa 3 e 1/2 colheres de sopa 1 espiga grande 2 fatias 1 unidade 3 colheres de sopa 4 unidades
Verduras e Legumes 1 porção = 15 kcal
Alimentos abóbora cozida alface beterraba crua ralada brócolis cozido cenoura crua (picada) pepino picado rúcula tomate comum 1 porção equivale a: 1 e 1/2 colher de sopa 15 folhas 2 colheres de sopa 4 e 1/2 colheres de sopa 1 colher de servir 4 colheres de sopa 15 folhas 4 fatias
Frutas 1 porção = 70 kcal
Alimentos abacaxi ameixa-preta seca banana-prata caqui goiaba laranja-pêra maçã mamão-papaia melancia salada de frutas (banana, maçã, laranja, mamão) suco de laranja (puro) tangerina/mexerica uva comum 1 porção equivale a: 1 fatia 3 unidades 1 unidade 1 unidade 1/2 unidade 1 unidade 1 unidade 1/2 unidade 2 fatias 1/2 xícara de chá 1/2 copo requeijão 1 unidade 22 uvas
Feijões 1 porção = 55 kcal
Alimentos ervilha seca cozida feijão cozido (50% de caldo) lentilha cozida soja cozida 1 porção equivale a: 2 e 1/2 colheres de sopa 1 concha 2 colheres de sopa 1 colher de servir
Carnes, Peixes e Ovos 1 porção = 190 kcal
Alimentos bife grelhado carne assada frango filé grelhado omelete simples peixe espada cozido 1 porção equivale a: 1 unidade 1 fatia pequena 1 unidade 1 unidade 1 porção
Leites, Queijos, Iogurtes 1 porção = 120 kcal
Alimentos iogurte desnatado de frutas iogurte integral natural leite tipo C queijo tipo minas frescal queijo tipo mozarela 1 porção equivale a: 1 pote 1 copo de requeijão 1 copo de requeijão 1 fatia grande 3 fatias
Óleos e Gorduras 1 porção = 73 kcal
Alimentos azeite de oliva manteiga margarina vegetal óleo vegetal 1 porção equivale a: 1 colher de sopa 1/2 colher de sopa 1/2 colher de sopa 1 colher de sopa
Açúcares e Doces 1 porção = 110 kcal
Alimentos açúcar cristal geléia de frutas mel 1 porção equivale a: 1 colher de sopa 1 colher de sopa 2 e 1/2 colheres de sopa.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecendo e saúde da pessoa idosa. Brasília, 2007 (Caderno de Atenção Básica). . Ministério da Saúde. Vigilância alimentar e nutricional - Sisvan: orientações básicas para a coleta, processamento, análise de dados e informação em serviços de saúde. Brasília, 2004. . Ministério da Saúde. Viver Mais e Melhor: um guia completo para você melhorar sua saúde e qualidade de vida.
LINGSTR M, P. ; MOYNIHAN, P. Nutrition, saliva, and oral health. Nutrition, [S.l.], v. 19, n. 6, p. 567-69, 2003. SHEIHAM, A. et al. The impact of oral health on stated ability to eat certain foods: findings from the national diet and nutrition survey of older people in Great Britain . Gerondontology, [S.l.], v. 16, n. 1, p. 11-20, 2000.
EDITORA MS Coordenação-Geral de Documentação e Informação/SAA/SE MINISTÉRIO DA SAÚDE SIA, trecho 4, lotes 540/610 CEP: 71200-040 Telefone: (61) 3233-2020 Fax: (61) 3233-9558 E-mail: editora.ms@saude.gov.br Home page: http://www.saude.gov.br/editora Brasília DF, janeiro de 2009
Avaliação Nutricional dos Idosos
A intervenção nutricional do idoso tem papel fundamental na prevenção e controle de enfermidades, diminuindo a incidência de doenças crônicas não transmissíveis (Vellas et al, 1992).
Para realizar o diagnóstico do estado nutricional, são utilizados indicadores bioquímicos, dietéticos e antropométricos.
A avaliação nutricional nesta fase da vida é criteriosa, já que vários fatores dificultam uma avaliação precisa, como as alterações fisiológicas referentes à idade, alterações da composição corporal do idoso e processos patológicos crônicos (Sampaio, 2004).
A anamnese irá detectar a queixa principal do indivíduo, sua história clínica pregressa, seus hábitos alimentares e consumo alimentar habitual. O indivíduo idoso normalmente tem maior dificuldade de aceitar mudanças em seu estilo de vida, por isso a intervenção nutricional deve ser gradual, para que o idoso siga a orientação (Vitolo, 2008).
DADOS ANTROPOMÉTRICOS:
Antropometria no idoso é um importante indicador nutricional, mas as alterações biológicas que ocorrem com o envelhecimento modificam a composição corporal. As principais alterações são: diminuição da massa muscular, aumento da gordura corporal, e em alguns casos encurvamento da coluna e/ ou o encurtamento das vértebras. Alguns autores sugerem que a flacidez da pele pode interferir na mensuração das dobras cutâneas, com resultados muitas vezes errôneos (Vitolo, 2008).
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o peso corporal tende a aumentar até a faixa de 60 anos. O aumento de peso do homem alcança seu ápice aos 65 anos, e a partir dessa fase há uma diminuição do peso. Já as mulheres atingem esse ápice aos 75 anos (OMS 1995, Menezes & Marucci, 2005). A diminuição do peso a partir dos 65 anos, principalmente entre os homens, pode estar associada à perda de massa muscular (OMS 1995).
Mensuração do Peso corporal - alguns idosos tem dificuldade para caminhar e ficar em pé. Há duas opções: pesar com uma cadeira (tirando o peso da cadeira) ou estimar o peso através de uma fórmula de estimativa de peso para idosos (Chumlea e cols, 1985 e 1988).
Fórmulas:
Fórmulas:
- Homens: peso = (1,73 x CB) + (0,98 x CP) + (0,37 x DSE) + (1,16 x AJ) – 81,69.
- Mulheres: peso = (0,98 x CB) + (1,27 x CP) + (0,4 x DSE) + (0,87 x AJ) – 62,35.
Legenda:
CB = circunferência do braço (cm)
CP = circunferência da panturrilha (cm)
DSE = dobra subescapular (mm)
AJ = altura do joelho (cm).
CB = circunferência do braço (cm)
CP = circunferência da panturrilha (cm)
DSE = dobra subescapular (mm)
AJ = altura do joelho (cm).
O peso deve ser classificado segundo IMC (Índice de Massa Corporal) para idade. O IMC é o método mais utilizado para avaliação de risco nutricional. Porém é um protocolo questionado porque não considera as mudanças de composição corporal dos idosos, como o aumento de gordura na região abdominal e em muitos casos perda de estatura. Existem diferentes pontos de corte para classificar o IMC para idosos. A classificação proposta pela OMS é a mais utilizada, onde:
MAGREZA <18,5 Kg/m2
EUTRÓFICO 18,5 a 26
SOBREPESO >= 27 kg/ m2
Fonte: OMS, 1995
Já as alterações de peso refletem desequilíbrio entre ingestão e o consumo de nutrientes, e podem ser mensuradas através da fórmula de perda ponderal:
% PPR (percentual de perda ponderal) = (PU – PA)/PU x 100
Legenda:
PU = peso usual (kg)
PA = peso atual (kg).
PU = peso usual (kg)
PA = peso atual (kg).
A classificação para a avaliação de perda de peso em idosos:
Tempo | Perda de peso significativa (%) | Perda de peso grave (%) |
1 semana | > 2 | |
1 mês | 5 | > 5 |
3 meses | 7,5 | > 7,5 |
6 meses | 10 | > 10 |
Fonte: Blackburn & Bistrian, 1977
As circunferências mais utilizadas nos idosos são da cintura e do quadril, já que com o envelhecimento há um maior acúmulo de gordura na região central. Para essa população a medida da circunferência do braço é importante como forma de mensurar a perda de massa muscular comum com o envelhecimento.
Valores de circunferência da cintura são analisados isoladamente nos idosos (WHO, 1997). Pontos de corte:
Valores de CC (cm) considerados como risco para doenças associadas à obesidade Pontos de corte:
Valores de CC (cm) considerados como risco para doenças associadas à obesidade
Valores de circunferência da cintura são analisados isoladamente nos idosos (WHO, 1997). Pontos de corte:
Valores de CC (cm) considerados como risco para doenças associadas à obesidade Pontos de corte:
Valores de CC (cm) considerados como risco para doenças associadas à obesidade
Risco elevado | Risco muito elevado | |
Mulheres | >= 80 | >= 88 |
Homens | >= 94 | >= 102 |
Fonte: World Health Organization, 1997
A Relação cintura-quadril é utilizada também, mas segundo alguns estudos (Pouliot et al, 1994 & Seidell et al, 1988) têm associação moderada com o acúmulo de gordura corporal. Pontos de corte:
Valores de risco da RCQ
Valores de risco da RCQ
Risco elevado | |
Mulheres | < 1,00 |
Homens | < 0, |
Fonte: Bray, 1989.
Por fim a mensuração das dobras cutâneas também é muito utilizada pela facilidade e baixo custo. As dobras tricipital e subescapular tem relação direta com a quantidade de gordura total no corpo (Chumlea e cols, 1992). Porém existem limitações que atrapalham a acurácia dessas medidas em idosos, como edema, perda de peso e flacidez acentuada da pele.
Os exames bioquímicos podem detectar problemas nutricionais de maneira precoce e seus resultados devem ser avaliados com cuidado, pois nessa fase patologias, medicamentos ou estresse podem interferir no resultado (Najas & Sachs, 1996).
Os exames bioquímicos para a avaliação nutricional são: glicemia, albumina, marcadores do metabolismo de ferro (transferrina e ferritina), hematócrito, hemoglobina, contagem de linfócitos, colesterol e frações, triglicérides e vitamina B12 e ácido fólico (Vitolo, 2008).
Níveis baixos de ácido úrico e da glicemia em jejum estão associados à perda de peso. Já a intolerância à glicose e hiperlipidemia tem relação direta com o aumento da circunferência da cintura (gordura visceral) (Vitolo, 2008).
A hipoalbuminemia tem relação com a desnutrição (perda de peso e massa magra) e diminuição da resposta imunológica. Porém a hipoalbuminemia correlacionada com doenças crônicas pode não ter relação com desnutrição, pois a presença de doenças inflamatórias pode reduzir os níveis dessa proteína (Vitolo, 2008).
Níveis baixos de colesterol total são documentados como possíveis indicadores de desnutrição, hipercatabolismo e má absorção (Vitolo, 2008).
A diminuição de ferro sérico, com redução de ferritina e níveis elevados de transferrina indica deficiência de ferro (Vitolo, 2008).
A correta interpretação desses exames é complexa, já que outros fatores como uso de medicamentos e doenças podem interferir nos resultados. Por isso a interpretação deve fazer parte de uma avaliação conjunta de todo o prontuário de cada paciente individualmente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Blackburn GL, Bistrian BR. Nutrition and metabolic assessment of the hospitalized patient. JPEN, v. 1, p. 11-12, 1077.
Bray GA. Classification and evaluation of the obesities. Med Clin North Am 1989; 73:161-84.
Menezes TN, Marucci, MFN. Antropometria de idosos residentes em instituições pediátricas. Fortaleza, CE. Rev Saúde Pub, v. 39, n. 2, p. 169-175, 2005.
Najas MS, Sachs A. Avaliação nutricional do idoso. In: Papaléo Netto, M. Gerontologia. São Paulo: Atheneu; 1996. p.242-7.
Bray GA. Classification and evaluation of the obesities. Med Clin North Am 1989; 73:161-84.
Menezes TN, Marucci, MFN. Antropometria de idosos residentes em instituições pediátricas. Fortaleza, CE. Rev Saúde Pub, v. 39, n. 2, p. 169-175, 2005.
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Organização Mundial de Saúde (WHO). World Health Organization. Physical Status:The use and interpretation of anthtopometry. Genebra: World Health Organization, 1995.
Seidell JC, Oosterlee A, Deurenberg P, Hautvast JAGJ, Ruijs JHJ. Abdominal fat depots measured with computed tomography: effects of degree of obesity, sex, and age. Eur J Clin Nutr 1988; 42:805-15.
Vellas BJ, Alberede JL, Garry PJ. Diseases and aging: Patterns of morbidity with age; relationship between aging and age-associated diseases. Am J Clin Nutr 1992; 55:1225S-30S.
Vitolo MR. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro : Ed. Rubio, 2008. p 435 – 48.
World Health Organization. Obesity: Preventing and managing the global epidemic. Geneva; 1997.
World Health Organization. Obesity: Preventing and managing the global epidemic. Geneva; 1997.
Necessidades nutricionais no idoso
O envelhecimento é um processo caracterizado por mudanças biológicas normais que ocorrem com o passar da vida. A qualidade de vida na terceira idade relaciona-se a diversos fatores do cotidiano, como a saúde física e mental, satisfação com o trabalho, relações familiares, vida social, estado nutricional adequado, atividades físicas, entre outros.
Um estilo de vida que combina uma alimentação equilibrada, atividade física regular e controle do estresse, contribui para aumentar a expectativa de vida do idoso e, principalmente, uma vida mais saudável.
Nos idosos as funções no organismo diminuem como um todo, diferenciando-se na intensidade segundo o órgão ou sistema em questão.
Uma das maiores modificações no organismo é a mudança na composição corporal, com o aumento do tecido adiposo e diminuição da massa magra. A partir dos 60 anos, este quadro atinge todos os órgãos e com maior intensidade na massa muscular, provocando alteração na força e mobilidade, favorecendo a possibilidade de quedas. Esta alteração da composição corporal reflete diretamente na diminuição do metabolismo basal.
O olfato, paladar e a visão diminuem, podendo reduzir o consumo alimentar, assim como a capacidade de mastigação. O idoso passa a ter escolhas alimentares alteradas que podem diminuir o valor nutritivo da alimentação e com isso, aumentar o risco de desnutrição.
Um bom estado nutricional, com o fornecimento adequado de energia, proteínas, vitaminas e minerais é de extrema importância para que o idoso resista às doenças crônicas e debilitantes e possa manter a saúde e independência.
Para a avaliação nutricional do idoso é fundamental ressaltar uma história alimentar. Contudo, é necessário questionar o idoso, assim como os familiares, sobre alterações de peso, restrições alimentares voluntárias ou impostas, alcoolismo, depressão, alterações gastrointestinais, doenças crônicas e uso de medicamentos. Além disso, um registro da alimentação habitual do paciente por três dias é interessante para avaliar o padrão rotineiro de ingestão.
Nos exames físico e laboratorial devem ser identificadas as alterações procurando não confundir os sinais de desnutrição com o processo de envelhecimento.
Necessidades energéticas
Nos idosos, assim como em toda a população, a quantidade energética ingerida na alimentação é fundamental para manter um estado nutricional adequado. Uma alimentação diversificada, com alimentos de diferentes fontes, oferece os nutrientes necessários para uma nutrição equilibrada, desde de que ingeridos na quantidade recomendada para suprir os gastos energéticos.
O fracionamento das refeições, assim como a diminuição do seu volume contribuem para o processo de digestão, absorção e aproveitamento dos alimentos. Recomenda-se o consumo de quatro a seis refeições diárias. Além disso, é importante a refeição apresentar aspectos agradáveis, como a cor, sabor, aroma e textura.
A redução na massa magra corpórea e a atividade física estão associadas com a necessidade total de energia. O metabolismo basal reduz cerca de 10% até os 60 anos e aumenta com passar da idade, influenciando diretamente com a diminuição do gasto energético.
O gasto energético diário é estimado mediante a soma do metabolismo basal e as atividades físicas. Para determinar a taxa metabólica basal recomenda-se a utilização da equação da Organização Mundial da Saúde, OMS, 1996 que considera o peso corporal. A energia gasta com a atividade física pode ser mensurada e avaliada em tabelas com o gasto energético por tipo de atividade.
Carboidratos
O carboidrato é um nutriente essencial na nutrição humana. Algumas de suas funções são: fornecer energia para o organismo, preservar a proteína, servir como único substrato energético para o sistema nervoso central e ativar o metabolismo.
A dieta do idoso deve obter entre 50% a 60% do valor calórico total de carboidratos. É necessário ressaltar a prioridade de carboidratos complexos, como o arroz, macarrão, pães, batata e cereais, para minimizar os picos de hiperglicemia. Os carboidratos simples, como a glicose e sacarose deverão ser no máximo 10% do total de carboidratos.
Proteínas
As proteínas são formadas por diferentes combinações dos 20 aminoácidos e exercem funções estruturais, reguladoras, de defesa e de transporte nos fluidos biológicos. A melhor fonte protéica são as de origem animal, entretanto, a mistura de cereais e leguminosas fornece a quantidade necessária de aminoácidos para a síntese protéica.
Os idosos apresentam diminuição na síntese e degradação protéica, além de uma menor massa magra, assim, o fornecimento protéico é fundamental. A recomendação estabelecida pela Recomendações das Necessidades Diárias (RDA) é de 0,8g/kg/dia. É importante ressaltar o cuidado para não haver uma ingestão acima do recomendado, podendo sobrecarregar o sistema renal, além de interferir na absorção de cálcio, prejudicando a massa óssea.
Lipídeos
Os lipídeos desempenham funções energéticas, estruturais e hormonais no organismo, além de auxiliar na absorção e transporte de vitaminas lipossolúveis.
A ingestão de lipídeos recomendada é de 20% a 30% do valor calórico total. No entanto, as gorduras saturadas não devem ser superior a 10%, pela sua associação com doenças coronarianas. São encontradas em carnes, ovos, leite e derivados.
O restante deverá ser de mono e poliinsaturados, encontrados em gorduras vegetais. A ingestão de ácidos graxos essenciais, que incluem o ômega 6 (ácido linoléico) deve ser de 11g/dia, sendo encontrado em nozes, castanhas, sementes e óleo de soja, girassol e milho; e o ômega 3 (ácido linolênico) com ingestão de 1,1g/dia, encontrado em óleos de canola, linhaça, salmão, arenque, sardinha e algas. O consumo de colesterol não deve ser superior a 300mg/dia.
Vitaminas e Minerais
O uso de suplementos vitamínicos e de minerais pelos idosos pode ser uma alternativa a ser considerada quando há consumo de dietas inadequadas ou alguma enfermidade específica. Porém, seu uso não pode ser extrapolado, visto que uma dieta equilibrada pode suprir as necessidades do indivíduo.
O cálcio é um dos principais micronutrientes relacionados com o envelhecimento, além de ser o mais abundante no corpo humano. O metabolismo do cálcio está diretamente relacionado com a perda da massa óssea ou osteopenia, podendo atingir a osteoporose. Além disso, a absorção de cálcio está diminuída no idoso, sendo mais um fator de contribuição da doença. A suplementação pode ser necessária para grupos de risco, como mulheres na pós-menopausa com histórico familiar da doença, raça branca, baixo peso, sedentárias e com exposição solar inadequada.
Segundo as DRIs, a recomendação de cálcio para a população acima dos 51 anos é de 1200mg/dia.
A vitamina D é um outro fator relacionado ao metabolismo ósseo, sendo necessário um controle adequado na ingestão deste nutriente. O estilo de vida do idoso, prática de atividade física, reposição hormonal e a genética devem ser levados em consideração. Além disso, o consumo de cafeína, alimento comum entre idosos, hábito de fumar e excesso de álcool podem comprometer negativamente a massa óssea.
Contudo, o acompanhamento do paciente idoso é extremamente necessário para que o mesmo tenha uma dieta equilibrada e mantenha a saúde.
Hidratação
A água deve merecer atenção especial, principalmente nesta faixa etária, na qual a desidratação é o distúrbio hidroeletrolítico mais comum.
O sistema renal diminui sua capacidade com a idade, assim como os idosos sentem menos sede que os mais jovens, gerando uma privação de água. Esta pode ocorrer por um distúrbio cognitivo, pela diminuição da sede ou por debilidade física. Contudo, a água deve ser controlada, assim como a dieta e os medicamentos, principalmente, para idosos que requerem um maior cuidado.
Como visto a população idosa apresenta particularidades que merecem maior cuidado e atenção. A nutrição pode contribuir para a manutenção e melhoria da saúde destes indivíduos, buscando a união de uma dieta equilibrada e saudável com o prazer, alegria e conforto que o alimento propicia, respeitando sempre as preferências e hábitos dos idosos.
Referências Bibliográficas
COZZOLINO, S.M.F. Biodisponibilidade de nutrientes. 1.ed. São Paulo: Manole, 2005.
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