quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Poema da Nutricionista

                                  

Nutricionista não se apaixona...
Alimenta sentimentos!

Nutricionista não faz exercício...
Queima calorias!

Nutricionista não bebe...
Lesa as células hepáticas!

Nutricionista não come doce...
Ingere carboidrato de alto índice glicêmico!

Nutricionista não lava louça...
Higieniza utensílios!

Nutricionista não faz comida...
Ensina a comer!

Nutricionista não come kani...
Ingere peixe sabor sirí!

Nutricionista não tem dor de estômago...
Tem desconforto gástrico!

Nutricionista não toma remédio...
Utiliza fármacos!

Nutricionista não tem desejos absurdos na gravidez...
Tem picamalácia!

Nutricionista não tem IMC normal...
É eutrófica!

Nutricionista não é universitária...
é profissional em treinamento!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Poema do idoso

A velhice e as estações

Dizem que a velhice é como o inverno
As folhas caem e não voltam mais
Tudo se faz seco e frutos não se colhem mais
Os tempos passam
E jamais vi um ano que após o inverno não viesse o verão
e entre eles a colorida e radiante primavera
A velhice são as quatro estações
É verão quente como coração que quer dar amor
Outono sereno de equilíbrio com ventos de calmaria
É inverno gelado como as decepções na vida
Primavera florida, colheita da vida...
E o ciclo se repete
Novo ou velho, aprendemos quando se perde
Acertando ou errando, crescemos quando tudo se repete
Cabelos brancos ou pintados, a cor da vida é a que diverte
Aposentado ou empregado, amar é que enriquece
Podem passar os dias, podem passar os anos
Norte ou sul, leste ou oeste
Sete ou setenta, vinte ou cinquenta.
Dia ou noite, chuva ou sol
A velhice é para todos
A velhice são os que vencem
E passam por todas as gerações
Outono e inverno, primavera e verão
Até chegar nela e se fazerem.


de Daniela Martins Lima

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Receita do dia

Sopa Creme de Abóbora

Sopa Creme de  Abóbora
Tipo de Culinária: Culinária Popular
Categoria: Entradas
Subcategorias: Sopas
Rendimento: 6 porções

Ingredientes

500 gr de abóbora moranga
100 gr de couve manteiga picada(s)
3 unidade(s) de cenoura picada(s)
3 unidade(s) de batata picada(s)
1 unidade(s) de cebola picada(s)
2 dente(s) de alho amassado(s)
2 litro(s) de água
250 ml de leite
3 colher(es) (sopa) de Azeite
1 colher(es) (sopa) de amido de milho
quanto baste de sal

Modo de Preparo

Cozinhe a abóbora em 1.5 l de água. Após cozida, passe no liquidificador com a própria água do cozimento.
Em separado, refogue, o azeite, a cebola, o alho e o sal, acrescentando o caldo de abóbora. Mexa bem e acrescente a batata, a cenoura, a couve e 0.5 L de água, deixe ferver até o ponto de cozimento. Desligue o fogo e acrescente o amido de milho (dissolvido no leite frio). Mexa bem, deixando ferver até engrossar. Sirva com torradas.

Sugestão de cardápio para idoso

CAFÉ DA MANHÃ
1 xíc. (200 ml) de café com leite integral (prefira leite desnatado, se houver problemas com os níveis de colesterol)
2 fatias de pão integral com um pouco de margarina (1 ponta de faca)
1/2 mamão (fruta laxativa, ajuda no funcionamento intestinal e fornece minerais e vitamina E)

COLAÇÃO
1 copo (250 ml) de vitamina de fruta (fonte de vitaminas, minerais e fibras)

ALMOÇO
8 col. (sopa) de macarrão cozido (energia), com 1 concha de molho de tomate (fonte de licopeno, que auxilia na prevenção do câncer de próstata)
1 porção de frango sem pele e assado (para reduzir calorias e gorduras)
salada de folhas verdes picadas (fonte de fibras), à vontade, temperada com 1 fio de azeite
1 taça de salada de frutas picadas (fonte de vitaminas, minerais e fibras)

CAFÉ DA TARDE
2 fatias de pão (escolha pães macios que facilitam a mastigação) + 2 fatias de ricota temperada
1 copo (250ml) de suco de laranja (fonte de vitamina C)

JANTAR
8 col. (sopa) de arroz branco cozido (carboidrato, alimento energético)
1 concha de feijão cozido (proteína e fibras solúveis)
1 pedaço de carne cozida com molho (proteína)
3 col. (sopa) de abobrinha na salsa
1 fatia de pudim

CEIA
3 unidades de biscoito salgado
1 ou 2 xíc. de chá de ervas


FONTE: GLÁUCIA KAMIKADO PIVI, NUTRICIONISTA DE SÃO PAULO, ESPECIALIZADA NO TRATAMENTO DE IDOSOS

Vitamina B12 - Cobalamina

 
 
A cobalamina é uma vitamina hidrossolúvel e faz parte do grupo de vitaminas do Complexo B, sendo a única vitamina que o organismo consegue armazenar em grandes quantidades. A vitamina B12 pode ser encontrada especialmente em alimentos de origem animal, como moluscos, leite, carnes e ovos (Paniz et al, 2005). É uma vitamina sensível a luz, ácidos, bases e agentes oxidantes ou redutores, sendo assim o processamento e cozimento dos alimentos fontes pode ter perdas significativas de até 30% (Oliveira & Marchini, 1998).
 
A vitamina B12 possui baixo percentual de absorção, sendo necessária a presença do fator intrínseco (glicoproteína indispensável à absorção da vitamina B12) e do ácido clorídrico para que as ligações peptídicas sejam quebradas. Com isso, a vitamina B12 pode ser absorvida no trato intestinal pelas células epiteliais do íleo terminal (Oliveira & Marchini, 1998; Silva & Mura, 2007). Após a absorção a vitamina é transportada pela corrente sanguínea, onde se liga a proteínas séricas.
 
 A cobalamina é essencial para o funcionamento adequado das células do organismo, especialmente as do trato gastrointestinal, tecido nervoso e medula óssea. Atua também no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas (Oliveira & Marchini, 1998; Vannucchi & Marchini, 2007).
A deficiência de vitamina B12 é causada em sua maior parte pela má absorção da cobalamina, e em alguns casos são decorrentes de anemia perniciosa.
Tabela 1 - Quantidade de cobalamina em 100g de alimento

Alimento (100g)
Quantidade (mcg)
Fígado de boi
59,29
Carne vermelha
  1,82
Moluscos
49,43
Leite
  0,44
Ovos
  1,29

FONTE:  U.S. Department of Agriculture, Agricultural Research Service USDA, 2001
Referência Bibliográfica:
  1. Moreira A.V.B. Vitaminas. In: Silva S.M.C.S, Mura J.D.P. Tratado de alimentação, Nutrição & Dietoterapia. 1. ed. São Paulo: Roca,2007. cap.4, p.92-93.
  2. INSTITUTE OF MEDICINE, FOOD AND NUTRITION BOARD. Dietary Reference Intakes: Energy, Carbohydrates, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, Amino Acids and vitamins. Washington, DC: National Academies Press; 2002.
  3. TABELA DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS ALIMENTOS. U.S. Department of agriculture, agricultural research service. USDA. Nutrient Database for Standard Reference, release 14, 2001. Acessado em 03/07/2009. Disponível em: www.unifesp.br/dis/servicos/nutri/
  4. Vannucchi H, Júnior A.A.J. Vitaminas Hidrossolúveis. In: Oliveira J.E.D, Marchini J.S. Ciências Nutricionais, 1. ed. São Paulo:Sarvier,1998. cap.11, p.202-03.

A Importância do Zinco na Alimentação dos Idosos

Os idosos estão sob risco nutricional como resultado de múltiplos fatores fisiológicos, sociais, psicológicos e econômicos. O declínio natural das funções fisiológicas com a idade leva à menor eficiência na absorção e no metabolismo dos nutrientes. Nessa fase da vida, há maior incidência de doenças crônicas que, em associação com medicamentos, pode afetar a utilização de nutrientes.
(MCCLAIN et al, 2002)

O zinco é um micronutriente que está presente em enzimas, participa do processo de mobilização hepática da vitamina A e atua no crescimento e maturação sexual, funções imunológicas, dentre outras. (WAITZBERG, 2002)

A deficiência de zinco é considerada um problema nutricional mundial, pois afeta igualmente grupos populacionais em países desenvolvidos e em desenvolvimento (Salgueiro et al, 2000) e pode levar à anorexia, que reduz a ingestão de alimentos com repercussões na saúde do idoso, e a dificuldades na reparação de tecidos, que aumenta o tempo de convalescença em estados de doença. (CHANDRA, 1992)
A ausência de zinco na alimentação tem sido associada à ingestão elevada de alimentos ricos em carboidratos, com pequena contribuição de proteína animal, um perfil comum entre idosos devido à menor renda e restrições para obter e preparar as refeições. (SANDRSTRÔM, 1997)
Recomendação Diária de Zinco (mg) para indivíduos acima dos 51 anos.
Sexo
Quantidade
Feminino
8 mg/ dia
Masculino
11 mg/ dia
(DRI’s, 2002)
Principais fontes de zinco
Alimentos
Quantidade/ Medida Caseira
Quantidade de Zinco (mg)
Farelo de Aveia
94g
2,92
Feijão
51g / 2 colheres de sopa
1,15
Peito de Frango
180g/ 1 pedaço médio
1,5
Leite Integral
240ml / 1 copo
1
Arroz Integral
40g / 2 colheres de sopa
1
Carne bovina
130g / 1 fatia média
4
(USDA, 2006)
Com o envelhecimento, pode ocorrer diminuição da ingestão energética por causa da diminuição da taxa de metabolismo basal, da redução do tamanho corporal e da atividade física. Em conseqüência, muitos idosos apresentam risco de ingestão inadequada em nutrientes essenciais.(CESAR et al, 2005)
Devido à importância funcional do zinco durante o envelhecimento, os programas de atenção ao idoso devem incluir orientação nutricional para alcançar níveis desejados de energia e equilíbrio entre os macronutrientes, com participação de melhores fontes de zinco na alimentação, ou ainda, recomendação do uso de suplementos a fim de alcançar níveis adequados do micronutriente no sangue.(CESAR et al, 2005)
Para os idosos, a nutrição é especialmente importante devido às mudanças fisiológicas relacionadas ao envelhecimento e ao desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas. É fundamental que o idoso apresente uma dieta equilibrada em carboidratos, proteínas, gorduras. O atendimento das necessidades de vitaminas e minerais é essencial. Além disso, é importante a refeição apresentar aspectos atrativos como a cor, sabor, aroma e textura, e que seja priorizado o prazer no momento da refeição, atendendo as preferências do idoso.
 
Referências Bibliográficas
CHANDRA, R.K. Nutrition and immunity in the elderly. Nutr. Rev., v.12,n.50,1992.
MCCLAIN, C.J; MCCLAIN M, B. S, BOOSALIS M.G. Trace metals and the elderly. Clin Geriatr Med. 18(4):801-18, 2002.
Nutritional Research Council. Dietary Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron, Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel, Silicon, Vanadium, and Zinc. Washington (DC): National Academy Press (USA); 2002.
SALGUEIRO M.J; BIOCH M.Z; LYSIONEK A;  SARABIA, M.I; CARO,R; PAOLI T.D, et al. Zinc as an essential micronutrient: a review. Nutr Rev. 20(5): 737-55,2007.
SANDSTRÔM B. Bioavailability of zinc. Eur J Clin Nut.; 51(Suppl 1):S17-9. 1997
United states department of agriculture. USDA National Nutrient Database for Standard Reference, 2006. Disponível em: http://www.ars.usda.gov/Services/docs.htm?docid=13726. Acesso dia: 26/jun/2007.
WAITZBERG, D. L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 3ed São Paulo: Editora Atheneu, p.131-134, 2002.
CESAR, T.B;WADA,S.R;BORGES,R.G. Zinco plasmático e estado nutricional em idosos. Rev. Nutr.18 (3),p357-365,2005.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dicas Nutricionais para Pacientes Idosos

 A qualidade de vida dos idosos está relacionada à possibilidade de se cumprir funções diárias básicas adequadamente, se sentir bem e viver de forma independente. 

O envelhecimento é caracterizado por uma série de modificações fisiológicas e psicológicas que estão relacionadas, por sua vez, com alterações no estado nutricional. A boa alimentação é uma preocupação constante também para a terceira idade, pois uma série de fatores, que enumeramos a seguir, podem causar deficiências importantes para o organismo:

* Problemas odontológicos: falta dos dentes, próteses antigas e mal ajustadas e doenças da cavidade oral e das gengivas.
* Problemas de deglutição: com dificuldade para engolir alimentos mais sólidos, devido a patologias da garganta e do esôfago.
* Perda ou diminuição do paladar e do olfato (cheiro).
* Problemas psico-geriátricos: principalmente depressão, tristeza, desânimo, apatia e solidão.
* Medicações: Uso de muitas medicações que podem trazer muitos efeitos colaterais e perda de apetite, bem como problemas gástricos, como azia e a gastrite.
* Preparo das Refeições: Não ter quem prepare as refeições, levando o idoso a preferir alimentos de mais fácil preparo e consumo, na maioria ricos em calorias e açúcar, pobres em vitaminas e proteínas.
No idoso com demência, o ato de alimentar-se pode ser ainda mais complicado, pois pela confusão mental e pela dificuldade de realizar até as mais simples tarefas, como “fazer seu próprio prato” e levar o garfo à boca, podem gerar estresse, cansaço para ele e para seus cuidadores.
Acrescenta-se o fato de que, com o avanço da doença, o idoso tem cada vez mais dificuldade de mastigação e de deglutição de alimentos sólidos, o que pode provocar engasgos e tosse.
Assim, é importante o cuidador observar quando o idoso engasga ou tosse ao comer, pois poderá estar iniciando um quadro de disfagia (dificuldade de engolir), mais comum em fases mais tardias da doença de Alzheimer.
O controle do peso do idoso é importante e deve ser feito mensalmente. Na doença de Alzheimer e nas outras patologias que cursam com demência, em fases mais avançadas, os idosos podem apresentar perda de peso, lenta e gradual, mesmo com a dieta correta e adequada. Imagine com uma dieta errada e inadequada?
Portanto, todo o processo do ato da alimentação tem que ser bem planejado. A seguir, reunimos algumas dicas importantes e fáceis de aprender e aplicar, para facilitar a boa interação com o idoso.
ALGUMAS DICAS e RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
A alimentação deve ser adequada e completa para atender às necessidades nutricionais;
Cuidar da apresentação dos pratos e estimular a experimentação de novos sabores e sensações;
É primordial manter uma boa higiene bucal, cuidar da hidratação e da umidade da mucosa bucal e da língua;
Manter uma rotina e uma regularidade nos horários das refeições para minimizar as possíveis distrações (não ligar a televisão durante as refeições);
Utilizar utensílios adequados, como pratos que se fixem na mesa (com ventosas) e talheres de plásticos para evitar a autolesão;
Durante as refeições, o paciente deverá estar sentado com a inclinação correta da cabeça para favorecer a deglutição;
Adaptar a consistência para melhor mastigação e deglutição e evitar grumos, espinhas e cascas duras para o paciente não engasgar;
Beber água suficiente, principalmente para evitar os engasgos. Evitar administrá-la no período da noite e, em caso de disfagia a líquidos, usar espessantes;
Se houver alterações na deglutição, deve-se modificar a consistência dos alimentos sólidos e líquidos, utilizando alimentos com textura modificada e/ou espessantes (não mesclar texturas diferentes);
Usar temperos naturais como alho, cebola, cebolinha, cheiro verde, salsa, orégano e outros, evitando, assim, o abuso do sal.
Como medida de prevenção da constipação, assegurar quantidade suficiente de água, exercícios físicos regulares e alimentos ricos em fibras ou suplementos;
Diante de uma perda de peso, utilizar suplementos nutricionais orais e se o aporte de nutrientes for insuficiente, será necessário utilizar purês enriquecidos;
Os alimentos devem estar sempre em temperatura adequada, visto que, em fases mais avançadas, o paciente não consegue distinguir o quente do frio, estando mais exposto a lesões.
Fonte: Programa Nestlé Nutrition em Casa

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dieta para Idosos Saudável e Balanceada

De acordo com o especialista, existe o consenso de que o idoso deve receber uma dieta variada, saudável e balanceada. As necessidades protéicas, calóricas e de lipídeos diárias não são muito diferentes das de grupos mais jovens de pessoas. Deve-se ter o cuidado de adequar a dieta para os indivíduos com dificuldade de mastigação e deglutição, alerta o médico. As restrições dietéticas, decorrentes de doenças específicas, como a diabetes ou das insuficiências de órgãos, devem ser respeitadas, o que não significa que a alimentação não possa ser saborosa. Eventualmente será mais importante recuperar ou preservar o estado nutricional de um idoso doente, prestando a atenção no prazer da alimentação e na conservação do apetite, do que respeitar restrições dietéticas muito rígidas.
O uso de suplementos vitamínicos pelos idosos merece um comentário à parte, pois segundo o médico, existem situações relacionadas ao envelhecimento e ao uso de dietas inadequadas, que fazem com que os idosos estejam mais propensos a ter carência de algumas vitaminas. “Este fato não justifica o uso indiscriminado de complexos vitamínicos nestas pessoas, ademais a maior parte dos idosos que recebe uma dieta adequada não apresentam sinais clínicos de deficiência vitamínica”:ratifica.
O cuidado especial deve ser dado à vitamina B12, cuja deficiência é muito mais comum nesta faixa etária. Pessoas acima dos setenta anos têm uma incidência maior de gastrite, diminuição da acidez gástrica e da produção de fator intrínseco com conseqüente deficiência da absorção intestinal da vitamina B12. “A falta desta vitamina pode levar a anemia megaloblástica, neuropatia periférica, com dificuldades de marcha e déficits de cognição, e ela deve ser, quando necessário, administrada por via parenteral”.
Cuidados a ter com o planeamento das dietas
O planejamento de dietas que atendam ás necessidade dos idosos apresenta problemas que são tão variados quanto as circunstâncias nas quais estas pessoas vivem. Seja quem for o responsável pelo planejamento e preparação das suas refeições, deve atender aos gostos do paciente e às suas necessidades e limitações.
Neste planejamento, tenha em conta fatores como a ignorância dos fatos relacionados à nutrição, os preconceitos alimentares, o temor de alimentos desconhecidos, a falta de dinheiro e a dificuldade na preparação dos alimentos.
Embora possam necessitar de uma alimentação e preparação especial das refeições, os idosos devem, sempre que possível, participar nas refeições e comer os alimentos preparados para toda a família.
O aspecto visual da comida é muito importante. Até uma comida simples e bem apresentada poderá fazer com que o idoso sinta prazer em comer.

Aspectos a ter em conta na preparação
Ao organizar o regime alimentar de um idoso, deve ter em conta os seguintes fatores. A má dentição, ou utilização de defeituosa prótese dentária, exige o emprego de alimentos apropriados e com uma textura adequada (cozedura suficiente, fracionamento ou picado, ralado, etc.). Poderá também optar por preparações dietéticas ou produtos homogeneizados, os quais, podendo dar satisfação completa nos aspectos dietéticos, levantam os problemas da aceitabilidade e do seu custo muito elevado.
Tenha também em conta que, no idoso, é muito freqüente a obstinação, ocasionada, por um lado, pela atonia do tubo digestivo e pela diminuição das secreções digestivas e, por outro lado, pela falta de fibra. Esta falta de fibra obriga ao cálculo da quantidade de fibra fornecida pelos GRUPOS IV e V  e dos alimentos mais indicados (pão de mistura, vegetais verdes, e frutos) para se conseguir um equilíbrio em fibra.
As dislipidemias (ou formas estabelecidas de aterosclerose e outras perturbações degenerativas), nas quais a nutrição desempenha papel fundamental, dependem de desequilíbrio entre carboidratos e gorduras, do excesso destas ou dos seus ácidos gordos saturados e colesterol, do consumo excessivo de açúcar e de álcool, que as pessoas idosas aceitam inadvertidamente.
O idoso pode consumir cinco a seis refeições diárias. O processo de preparação mais indicado é a cozedura, bem como grelhados ou ainda assados.

Referência: Ministério da Saúde
Apostila Nutrição para Idosos


Quedas em idosos

SUS gasta quase R$ 81 milhões com fraturas em idosos em 2009. Saiba mais!

As quedas e suas conseqüências para as pessoas idosas no Brasil têm assumido dimensão de epidemia. Os custos para a pessoa idosa que cai e faz uma fratura são incalculáveis. E o pior, atinge toda a família na medida em que a pessoa idosa que fratura um osso acaba hospitalizada e freqüentemente é submetida a tratamento cirúrgico. Os custos para o sistema de saúde também são altos.
A cada ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem gastos crescentes com tratamentos de fraturas em pessoas idosas. Em 2009, foram R$ 57,61 milhões com internações (até outubro) e R$ 24,77 milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose. Em 2006, foram R$ 49 milhões e R$ 20 milhões respectivamente. Para promover a saúde do grupo populacional o Ministério da Saúde chamou as secretarias estaduais e municipais de saúde a realizarem esforços conjuntos para redução das taxas de internação por fratura do fêmur na população idosa.

A quantidade de internações aumenta a cada ano e as mulheres são as mais atingidas. Entre as mulheres foram 20.778 mil internações em 2009 e entre eles 10.020 mil (dados até outubro). Por causa da osteoporose, elas ficam mais vulneráveis às fraturas. Os homens caem, mas não fraturam tanto quanto as mulheres. Em 2001, esses números eram bem menores, 15 mil internações do sexo feminino e 7 mil do sexo masculino.

A queda em idosos pode causar sérios prejuízos à qualidade de vida desse grupo populacional, podendo acarretar em imobilidade, dependência dos familiares, sem falar no índice de mortalidade pós-cirúrgico.

Nos casos mais graves, pode levar até a morte. Considerando todo o país, somente em 2005, foram 1.304 óbitos por fraturas de fêmur. E em 2009 esse número subiu para 1.478.

Com o intuito de reduzir esses valores e promover a saúde na terceira idade, o Ministério criou um comitê assessor instituído para prevenção e melhora da atenção (portaria nº. 3.213, de 20 de dezembro de 2007). O comitê assessor é formado por técnicos do Ministério da Saúde e representantes da Confederação das Entidades Brasileiras de Osteoporose e Osteometabolismo. Esse grupo promove oficinas para debater estratégias de prevenção de quedas e de osteoporose e os cuidados necessários para aquelas pessoas que caem e fraturam.

CAUSAS - A queda em pessoas idosas está associada à dificuldade de visão, auditiva, uso inadequado de medicamentos, dificuldade de equilíbrio, perda progressiva de força nos membros inferiores, osteoporose, dentre outras situações clínicas que culminam para maior probabilidade de uma pessoa idosa cair.

Por questões de segurança, todo idoso deve avisar ao seu médico se caiu nos últimos seis meses. Isto porque é comum a pessoa cair uma primeira vez e não ter maiores conseqüências além do susto. Mas na próxima vez pode ser que o susto se transforme em pesadelo. A queda pode ser notificada através da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa e, assim, a equipe de saúde da família, por exemplo, assume as medidas necessárias para que outra queda não ocorra.
No Brasil, estima-se que exista uma população de 19 milhões de idosos.


Referência:
Ministério da Saúde - Quedas em idosos
www.ministeriodasaude.org.br

domingo, 10 de outubro de 2010

Vacinas: mais proteção para os idosos

Os adultos e os idosos devem continuar recebendo doses de vacinas para garantir a proteção contra várias doenças.

- Vacinas essenciais:

* Dupla tipo adulto (difteria e tétano) - Protege o organismo contra a difteria e o tétano, que acometem com freqüência os idosos, devido maior freqüência de ferimentos domésticos e porque a maioria das pessoas que hoje têm mais de 60 anos não foi, na adolescência e na infância, alvo de campanhas de vacinação. É preciso tomar a vacina a cada dez anos. O adulto que nunca tomou a vacina ou não se lembra de seu antecedente vacinal deve receber três doses, com intervalo mínimo de 30 dias entre cada uma. Depois, é preciso tomar uma dose de reforço a cada dez anos. Se a pessoa se ferir e só tiver tomado uma dose ou não se lembrar de quantas tomou, precisará tomar as três doses, além do soro antitetânico.

* Influenza -Também é conhecida como a vacina contra a gripe. O vírus Influenza provoca a gripe que nos idosos pode evoluir com mais facilidade para uma pneumonia. É bom lembrar que a gripe é diferente do resfriado, causado por outros vírus e com sintomas mais fracos. A vacina requer uma dose a cada ano, administrada nas campanhas de vacinação do Ministério da Saúde.

* Influenza A (H1N1) - Proteção contra doença respiratória aguda (gripe), causada especificamente pelo vírus A (H1N1).


* Contra a Pneumonia -Protege o organismo contra a pneumonia causada pela bactéria pneumococo. Em pessoas com mais de 60 anos, a doença é três vezes mais freqüente, além da mortalidade ser maior, razões pelas quais a vacina se torna importante nessa faixa etária. No sistema público de saúde, ela é destinada principalmente a idosos hospitalizados ou internados em casas geriátricas e asilos. A vacina tem uma única dose, com reforço após cinco anos.


Outras vacinas:


* Hepatite B - A infecção pelo vírus da hepatite B nos idosos está relacionada a um risco maior de ter cirrose ou câncer de fígado no decorrer dos anos. A vacina contra a hepatite B tem indicação universal, sendo recomendadas três doses - duas com intervalo de um mês e a terceira cinco meses após a segunda dose.


* Febre amarela - Deve ser tomada por todas as pessoas que moram ou viajam para regiões de risco no País, entre as quais Mato Grosso, Pará, Goiás, Amazonas e a região oeste dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. A vacinação deve ser realizada dez dias antes da data marcada para a viagem às regiões de risco. Quem já tomou a vacina, deve se imunizar, novamente, e esperar três dias para iniciar a viagem.


Referência

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. .




Dez passos para alimentação saudável - Idoso

Os 10 passos para uma alimentação saudável é uma estratégia para buscar uma alimentação mais saudável, Recomendada pelo Ministério da Saúde.
                            
Aumente e varie o consumo de frutas, verduras e Legumes. Coma-os 5 vezes por dia.As frutas, verduras e legumes são ricas em vitaminas, minerais e fibras. Coma, pelo menos 4 colheres de vegetais (verduras e legumes ) 2 vezes por dia. Coloque os vegetais no prato do almoço e do jantar. Comece com 1 fatia ou 1 frutas de café de manha e acrescente mais 1 de lanche da manha e tarde.

Coma feijão 1 vez por dia e 4 vezes por semana: O feijão é um alimento rico em ferro. Na hora das refeições, coloque 1 concha de feijão no seu prato, assim você estará evitando a Anemia.

Reduza o consumo de Alimentos Gordurosos, como carne com gordura aparente, salsicha, mortadela, frituras  e salgadinhos. Para no Maximo 1 vez por semana. Retire antes do cozimento a pele do frango, a gordura visível da carne e o couro do peixe. Apesar do óleo vegetal ser uma gordura mais saudável, tudo em excesso faz mal! O ideal é não usar 1 lata de óleo por mês para uma família de 4 pessoas. Prefira alimentos cozidos ou assados e evite cozinha com margarina, gordura vegetal ou manteiga.

Reduza o consumo de sal e retire o saleiro da mesa. O sal da cozinha é a  maior fonte de sódio na alimentação. O sódio é essencial para o funcionamento do nosso corpo, mas o excesso pode levar a pressão do sangue, que chamamos Hipertensão. As crianças e adultos não precisam mais que uma pitada de sal por dia. Siga essa dicas: não coloque o saleiro na mesa, assim você evitar colocar mais sal na comida pronta. Evite temperos prontos, alimentos enlatados, carnes salgadas e embutidos como mortadela, presunto, lingüiça, etc.

Faça pelo menos 3 refeições e 1 lanche por dia. Não pule refeições: Para lanche e sobremesas prefira frutas. Fazendo todas as refeições, você evita que o estomago fique vazio por muito tempo, diminuindo o risco de ter gastrite e de exagerar na quantidade na hora que for comer. Evite “ beliscar”, isso ajudara a manter o peso.

Reduza o consumo de doces, bolos, biscoitos e outros alimentos ricos em açúcar para no Maximo duas vezes por semana.

Reduza o consumo de álcool  e Refrigerantes. Evite o consumo diário – A melhor bebida é a AGUA.

Aprecie sua refeição coma devagar. Faça refeições  um ponto de encontro com a família. Não se alimente assistindo TV.

Mantenha seu peso dentro dos limites consideráveis saudáveis – IMC = O índice de Massa Corpórea mostra seu peso esta adequado para altura. É calculado e devido o Peso, em Kg, pela altura, em metros, elevado ao quadrado.
Ex: Peso ²
      Altura ²




10° Seja ativo. Acumule 30 minutos de atividades física todos os dias. Caminhe pelo seu bairro. Suba escadas. Não passe muitas horas assistindo TV.

REFENCIAS

Mnisterio da saude
Dicas de Alimentação saudavel para Idosos

Porções de alimentos e medidas correspondentes

Cada um dos “Dez passos para uma Alimentação saudável para pessoas Idosas” tem recordações quantificadas, ou seja, um determinado número de porções a serem consumidas por dia. As tabelas que seguem apresentam, para cada grupo, o valor calórico médio de uma porção, exemplos de alimentos e o tamanho de cada porção em medidas caseiras. Arroz, Pães, Massas, Batata e Mandioca 1 porção = 150 kcal

Alimentos arroz branco cozido batata cozida biscoito tipo cream cracker bolo de milho cereal matinal farinha de mandioca macarrão cozido milho verde em espiga pão de fôrma tradicional pão francês purê de batata torrada salgada 1 porção equivale a: 4 colheres de sopa 1 e 1/2 unidade 5 unidades 1 fatia 1 xícara de chá 2 colheres de sopa 3 e 1/2 colheres de sopa 1 espiga grande 2 fatias 1 unidade 3 colheres de sopa 4 unidades

Verduras e Legumes 1 porção = 15 kcal
Alimentos abóbora cozida alface beterraba crua ralada brócolis cozido cenoura crua (picada) pepino picado rúcula tomate comum 1 porção equivale a: 1 e 1/2 colher de sopa 15 folhas 2 colheres de sopa 4 e 1/2 colheres de sopa 1 colher de servir 4 colheres de sopa 15 folhas 4 fatias

Frutas 1 porção = 70 kcal
Alimentos abacaxi ameixa-preta seca banana-prata caqui goiaba laranja-pêra maçã mamão-papaia melancia salada de frutas (banana, maçã, laranja, mamão) suco de laranja (puro) tangerina/mexerica uva comum 1 porção equivale a: 1 fatia 3 unidades 1 unidade 1 unidade 1/2 unidade 1 unidade 1 unidade 1/2 unidade 2 fatias 1/2 xícara de chá 1/2 copo requeijão 1 unidade 22 uvas

Feijões 1 porção = 55 kcal
Alimentos ervilha seca cozida feijão cozido (50% de caldo) lentilha cozida soja cozida 1 porção equivale a: 2 e 1/2 colheres de sopa 1 concha 2 colheres de sopa 1 colher de servir

Carnes, Peixes e Ovos 1 porção = 190 kcal
Alimentos bife grelhado carne assada frango filé grelhado omelete simples peixe espada cozido 1 porção equivale a: 1 unidade 1 fatia pequena 1 unidade 1 unidade 1 porção

Leites, Queijos, Iogurtes 1 porção = 120 kcal
Alimentos iogurte desnatado de frutas iogurte integral natural leite tipo C queijo tipo minas frescal queijo tipo mozarela 1 porção equivale a: 1 pote 1 copo de requeijão 1 copo de requeijão 1 fatia grande 3 fatias

Óleos e Gorduras 1 porção = 73 kcal
Alimentos azeite de oliva manteiga margarina vegetal óleo vegetal 1 porção equivale a: 1 colher de sopa 1/2 colher de sopa 1/2 colher de sopa 1 colher de sopa

Açúcares e Doces 1 porção = 110 kcal
Alimentos açúcar cristal geléia de frutas mel 1 porção equivale a: 1 colher de sopa 1 colher de sopa 2 e 1/2 colheres de sopa.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecendo e saúde da pessoa idosa. Brasília, 2007 (Caderno de Atenção Básica). . Ministério da Saúde. Vigilância alimentar e nutricional - Sisvan: orientações básicas para a coleta, processamento, análise de dados e informação em serviços de saúde. Brasília, 2004. . Ministério da Saúde. Viver Mais e Melhor: um guia completo para você melhorar sua saúde e qualidade de vida.

 LINGSTR M, P. ; MOYNIHAN, P. Nutrition, saliva, and oral health. Nutrition, [S.l.], v. 19, n. 6, p. 567-69, 2003. SHEIHAM, A. et al. The impact of oral health on stated ability to eat certain foods: findings from the national diet and nutrition survey of older people in Great Britain. Gerondontology, [S.l.], v. 16, n. 1, p. 11-20, 2000.

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Avaliação Nutricional dos Idosos

A intervenção nutricional do idoso tem papel fundamental na prevenção e controle de enfermidades, diminuindo a incidência de doenças crônicas não transmissíveis (Vellas et al, 1992).
Para realizar o diagnóstico do estado nutricional, são utilizados indicadores bioquímicos, dietéticos e antropométricos.
A avaliação nutricional nesta fase da vida é criteriosa, já que vários fatores dificultam uma avaliação precisa, como as alterações fisiológicas referentes à idade, alterações da composição corporal do idoso e processos patológicos crônicos (Sampaio, 2004).
A anamnese irá detectar a queixa principal do indivíduo, sua história clínica pregressa, seus hábitos alimentares e consumo alimentar habitual. O indivíduo idoso normalmente tem maior dificuldade de aceitar mudanças em seu estilo de vida, por isso a intervenção nutricional deve ser gradual, para que o idoso siga a orientação (Vitolo, 2008).

DADOS ANTROPOMÉTRICOS:
Antropometria no idoso é um importante indicador nutricional, mas as alterações biológicas que ocorrem com o envelhecimento modificam a composição corporal. As principais alterações são: diminuição da massa muscular, aumento da gordura corporal, e em alguns casos encurvamento da coluna e/ ou o encurtamento das vértebras. Alguns autores sugerem que a flacidez da pele pode interferir na mensuração das dobras cutâneas, com resultados muitas vezes errôneos (Vitolo, 2008).
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o peso corporal tende a aumentar até a faixa de 60 anos. O aumento de peso do homem alcança seu ápice aos 65 anos, e a partir dessa fase há uma diminuição do peso. Já as mulheres atingem esse ápice aos 75 anos (OMS 1995, Menezes & Marucci, 2005). A diminuição do peso a partir dos 65 anos, principalmente entre os homens, pode estar associada à perda de massa muscular (OMS 1995).
Mensuração do Peso corporal - alguns idosos tem dificuldade para caminhar e ficar em pé. Há duas opções: pesar com uma cadeira (tirando o peso da cadeira) ou estimar o peso através de uma fórmula de estimativa de peso para idosos (Chumlea e cols, 1985 e 1988).
Fórmulas:

- Homens: peso = (1,73 x CB) + (0,98 x CP) + (0,37 x DSE) + (1,16 x AJ) – 81,69.
- Mulheres: peso = (0,98 x CB) + (1,27 x CP) + (0,4 x DSE) + (0,87 x AJ) – 62,35.

Legenda:
CB = circunferência do braço (cm)
CP = circunferência da panturrilha (cm)
DSE = dobra subescapular (mm)
AJ = altura do joelho (cm).
 
O peso deve ser classificado segundo IMC (Índice de Massa Corporal) para idade. O IMC é o método mais utilizado para avaliação de risco nutricional. Porém é um protocolo questionado porque não considera as mudanças de composição corporal dos idosos, como o aumento de gordura na região abdominal e em muitos casos perda de estatura. Existem diferentes pontos de corte para classificar o IMC para idosos. A classificação proposta pela OMS é a mais utilizada, onde:

MAGREZA <18,5 Kg/m2
 EUTRÓFICO 18,5 a 26
 SOBREPESO >= 27 kg/ m2

Fonte: OMS, 1995

Já as alterações de peso refletem desequilíbrio entre ingestão e o consumo de nutrientes, e podem ser mensuradas através da fórmula de perda ponderal:

% PPR (percentual de perda ponderal) = (PU – PA)/PU x 100
Legenda:
PU = peso usual (kg)
PA = peso atual (kg).

A classificação para a avaliação de perda de peso em idosos:
Tempo
Perda de peso significativa (%)
Perda de peso grave (%)
1 semana
1 a 2
> 2
1 mês
5
> 5
3 meses
7,5
> 7,5
6 meses
10
> 10


Fonte: Blackburn & Bistrian, 1977
As circunferências mais utilizadas nos idosos são da cintura e do quadril, já que com o envelhecimento há um maior acúmulo de gordura na região central. Para essa população a medida da circunferência do braço é importante como forma de mensurar a perda de massa muscular comum com o envelhecimento.
Valores de circunferência da cintura são analisados isoladamente nos idosos (WHO, 1997). Pontos de corte:
Valores de CC (cm) considerados como risco para doenças associadas à obesidade Pontos de corte:
Valores de CC (cm) considerados como risco para doenças associadas à obesidade
Risco elevado
Risco muito elevado
Mulheres
>= 80
>= 88
Homens
>= 94
>= 102

Fonte: World Health Organization, 1997
A Relação cintura-quadril é utilizada também, mas segundo alguns estudos (Pouliot et al, 1994 & Seidell et al, 1988) têm associação moderada com o acúmulo de gordura corporal. Pontos de corte:
Valores de risco da RCQ
Risco elevado
Mulheres
< 1,00
Homens
< 0,

Fonte: Bray, 1989.

Por fim a mensuração das dobras cutâneas também é muito utilizada pela facilidade e baixo custo. As dobras tricipital e subescapular tem relação direta com a quantidade de gordura total no corpo (Chumlea e cols, 1992). Porém existem limitações que atrapalham a acurácia dessas medidas em idosos, como edema, perda de peso e flacidez acentuada da pele.
Os exames bioquímicos podem detectar problemas nutricionais de maneira precoce e seus resultados devem ser avaliados com cuidado, pois nessa fase patologias, medicamentos ou estresse podem interferir no resultado (Najas & Sachs, 1996).
Os exames bioquímicos para a avaliação nutricional são: glicemia, albumina, marcadores do metabolismo de ferro (transferrina e ferritina), hematócrito, hemoglobina, contagem de linfócitos, colesterol e frações, triglicérides e vitamina B12 e ácido fólico (Vitolo, 2008).
Níveis baixos de ácido úrico e da glicemia em jejum estão associados à perda de peso. Já a intolerância à glicose e hiperlipidemia tem relação direta com o aumento da circunferência da cintura (gordura visceral) (Vitolo, 2008).
A hipoalbuminemia tem relação com a desnutrição (perda de peso e massa magra) e diminuição da resposta imunológica. Porém a hipoalbuminemia correlacionada com doenças crônicas pode não ter relação com desnutrição, pois a presença de doenças inflamatórias pode reduzir os níveis dessa proteína (Vitolo, 2008).
Níveis baixos de colesterol total são documentados como possíveis indicadores de desnutrição, hipercatabolismo e má absorção (Vitolo, 2008).
A diminuição de ferro sérico, com redução de ferritina e níveis elevados de transferrina indica deficiência de ferro (Vitolo, 2008).
A correta interpretação desses exames é complexa, já que outros fatores como uso de medicamentos e doenças podem interferir nos resultados. Por isso a interpretação deve fazer parte de uma avaliação conjunta de todo o prontuário de cada paciente individualmente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Blackburn GL, Bistrian BR. Nutrition and metabolic assessment of the hospitalized patient. JPEN, v. 1, p. 11-12, 1077.
Bray GA. Classification and evaluation of the obesities. Med Clin North Am 1989; 73:161-84.

Menezes TN, Marucci, MFN. Antropometria de idosos residentes em instituições pediátricas. Fortaleza, CE. Rev Saúde Pub, v. 39, n. 2, p. 169-175, 2005.
Najas MS, Sachs A. Avaliação nutricional do idoso. In: Papaléo Netto, M. Gerontologia. São Paulo: Atheneu; 1996. p.242-7.       
Organização Mundial de Saúde (WHO). World Health Organization. Physical Status:The use and interpretation of anthtopometry. Genebra: World Health Organization, 1995.
Seidell JC, Oosterlee A, Deurenberg P, Hautvast JAGJ, Ruijs JHJ. Abdominal fat depots measured with computed tomography: effects of degree of obesity, sex, and age. Eur J Clin Nutr 1988; 42:805-15.    
Vellas BJ, Alberede JL, Garry PJ. Diseases and aging: Patterns of morbidity with age; relationship between aging and age-associated diseases. Am J Clin Nutr 1992; 55:1225S-30S.       
Vitolo MR. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Ed. Rubio, 2008. p 435 – 48.
World Health Organization. Obesity: Preventing and managing the global epidemic.
Geneva; 1997.